O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o 'bicho papão do bolsonarismo', Alexandre de Moraes, marcou para 22 de junho o julgamento da ação no Tribunal Superior Eleitoral que deve deixar Jair Bolsonaro (PL) inelegível, por crimes contra a democracia.
- Novos depósitos: Bolsonaros receberam 89 mil e Queiroz pode voltar para a cadeia
- Novos dados apontam: Carlos e Jair Bolsonaro teriam as 'próprias' 'rachadinhas
- Bolsonaro sobre joias milionárias: 'Não pedi, nem recebi'
- Bolsonaro tentou contrabandear joias de R$ 16,5 milhões para Michelle
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi movida pelo PDT, que questionou a conduta de Bolsonaro em uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, durantes a corrida eleitoral no Brasil. A sigla argumentou que Bolsonaro usou a estrutura da Presidência para apresentar informações falsas sobre as urnas e tentar costurar ambiente para golpe, visto que àquela altura já havia sinais populares de que não seria reeleito. Mostramos no MS Notícias que o TSE rebateu 20 mentiras contadas por Bolsonaro aos embaixadores.
Na última semana, o ministro Benedito Gonçalves liberou o relatório e pediu ao presidente do TSE que agendasse uma data para o julgamento.
- Denúncia contra Bolsonaro em Haia: presidente brasileiro pode ser punido
- Delegado, deputado bolsonarista revela corrupção trilionária de Bolsonaro e Lira
O Ministério Público Eleitoral defendeu a inelegibilidade do ex-presidente. Paulo Gonet, afirmou que houve abuso de poder, uma vez que Bolsonaro não poderia ter usado recursos do Estado para propagar informações falsas sobre as eleições na qual ele era candidato e se beneficiaria com as mentiras contadas aos embaixadores.
Recentemente, o ex-ministro bolsonarista Ciro Nogueira, em agenda de filiação da prefeita Adriane Lopes ao PP, em Campo Grande (MS), citou a ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina, como candidata substituta de Bolsonaro nas eleições de 2026.
Perguntado pelo MS Notícias se acredita que Bolsonaro será condenado pelos crimes imputados à ele, Ciro disse: "Acredito que se ocorrer a condenação dele [Jair Bolsonaro], será uma das maiores injustiças políticas desse país. Mas acreditamos que ficará provada a inocência dele. Não pode um presidente ser condenado por uma reunião com embaixadores. Eu acredito na justiça do meu país", respondeu de maneira sucinta.
Por outro lado, Tereza Cristina disse em coletiva à imprensa, após o ato de filiação da prefeita ao PP, que tem o pé no chão e acha que a construção deve ser feita tijolo a tijolo. "Ser presidente é uma coisa que todo mundo pode sonhar. Se meu nome tiver incluído, lá na frente, seria uma honra. Mas ainda é muito cedo”, apontou a ex-ministra, sobre a convocação de Ciro para a substituição a Bolsonaro.
Caso se confirme a condenação de Bolsonaro, será uma dentre muitas que virão, tendo em vista os diversos crimes que ele teria cometido durante seus 4 anos como presidente do Brasil.