Em 26 de agostode de 2022 Campo Grande completará 123 anos – hoje (4.abr.22), a pouco mais de 3 meses da celebração, a Capital sul-mato-grossense ganha a 1ª prefeita mulher da sua história: Adriane Lopes, que será empossada nesta segunda-feira, em razão da formalização da renúncia de Marquinhos Trad (PSD), que é pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul e cumprindo a legislação eleitoral entregou o cargo no sábado (2.abr.22), data limite para a desincompatibilização.
Adriane é do Patriota. Ela será a 65ª administradora de Campo Grande, porém a 1ª do sexo feminino eleita democraticamente.
Conforme apuramos, o ato de posse da prefeita ocorrerá às 10h na Câmara Municipal de Campo Grande. Seguindo um rito, na Câmara, ela deve fazer o juramento de “manter, defender e cumprir as Constituições Federal e Estadual observar a Lei Orgânica e demais leis, promover o bem geral do povo campo-grandense e sustentar a integridade e independência do Município”, como previsto na Lei Orgânica do Município.
Ela estava no cargo de vice-prefeita no 1º mandato de Marquinhos Trad (de 2016 a 2020), depois, entrou como vice-prefeita para disputar reeleição em 2020, ocasião em que foram reeleitos.
Bacharel em Direito e Teologia, é pós-graduada em Gestão Pública e Gerência de Cidades. Adriane é casada com o deputado estadual Lídio Lopes, com quem tem dois filhos. Antes de Adriane, a primeira mulher a comandar a cidade foi Nelly Bacha (PMDB). Em 1983, era presidente da Câmara Municipal e foi nomeada pelo então governador Wilson Barbosa Martins, do mesmo partido.
Na época, as eleições diretas para prefeito estavam suspensas pela ditadura militar. Apenas em 1985, o pleito foi retomado.
Portanto, Adriane é a primeira a chegar ao cargo pelo voto democrático.
HISTÓRIA
Adriane nasceu em Grandes Rios, no Paraná. É filha de Antônio Ferreira Barbosa e Gisleni Garcia Barbosa.
Começou empreendendo com a venda de sorvetes, de porta em porta, e segundo ela, isso lhe fez conhecer cada canto de Campo Grande.
Após os estudos, no Direito, diz ter defendendido famílias em situação de vulnerabilidade social. Trabalhou durante quatro anos na Agepen, aprofundando-se nas questões de segurança pública. Paralelamente, idealizou e ajudou a desenvolver projetos sociais que ampliaram sua percepção da sociedade e da realidade local.
Entre seus projetos, Adriane destaca: o Centro de Recuperação Minha Esperança, que trata dependentes químicos; Unidos pela Fé, de atendimento jurídico, odontológico e médico para pessoas em situação de vulnerabilidade em todo Estado; Projeto Madrinha, com entrega de kit enxoval para mães de baixa renda; e oferta de cursos de geração de renda que percorrem bairros, despertando o empreendedorismo.
Como vice-prefeita de Campo Grande, ajudou a desenvolver projetos voltados à assistência social, com o objetivo de levar serviços públicos de qualidade ao maior número de pessoas. Ela afirma que sua experiência foi fundamental para criação de projetos que transformaram vidas.
Lembra que com o Projeto Sonho de Campeão, crianças e adolescentes acolhidos em unidades tiveram acesso a modalidades esportivas. Destaca o Programa Criança Feliz, que tem acompanhando de perto o desenvolvimento de crianças de 0 a 6 anos, tornando-se referência nacional.
A gestora diz que na pandemia da Covid-19, criou um projeto especial para pessoas em situação de rua. "Elas foram cuidadas, capacitadas e reintegradas às famílias. A gora qualificadas, elas podem retornar ao mercado de trabalho e à vida social", finalizou.