O ex-mandatário inelegível Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após se submeter no domingo (13.abr.25) a uma cirurgia para liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal.
A equipe médica informou nesta 2ª.feira (14.abr.25) que o procedimento foi tecnicamente bem-sucedido, mas de alta complexidade, e que a recuperação será lenta.
A intervenção cirúrgica durou cerca de 12 horas.
Segundo os médicos, o ex-mandatário não tem previsão de alta e não há expectativa de evolução rápida.
De acordo com Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, Bolsonaro deverá permanecer hospitalizado por ao menos duas semanas. “Era um abdome hostil, com múltiplas cirurgias anteriores, aderências causadoras de obstrução intestinal e uma parede abdominal bastante comprometida em razão da facada de 2018”, afirmou Birolini, referindo-se ao histórico cirúrgico do ex-presidente.
O cardiologista Leandro Echenique explicou que, embora não tenha havido complicações durante o procedimento, o pós-operatório exige cuidados intensivos. “Trata-se de uma resposta inflamatória intensa do organismo, comum em cirurgias prolongadas. Isso aumenta o risco de infecções, tromboses, distúrbios de coagulação e compromete a função pulmonar”, disse o médico.
Contrariando a informação inicial divulgada nas redes sociais pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-presidente não foi encaminhado a um quarto comum, mas segue monitorado em regime intensivo.
Nas redes sociais, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do inelegível, relatou preocupação com o estado clínico do pai. Em uma postagem, mencionou “deformações na fisionomia” e classificou o momento como delicado. Segundo ele, Bolsonaro enfrenta dificuldades para retomar funções biológicas normais.
O boletim médico mais recente informou que o o extremista de direita está estável, sem dor e recebendo suporte clínico e nutricional.
Esta foi a sétima cirurgia Bolsonaro desde a campanha eleitoral de 2018.