O presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL na manhã desta terça (30.nov.21), em um evento com ministros, governadores, dirigentes partidários e parlamentares e muita aglomeração. Seu discurso foi de gestos a parlamentares a ataques à esquerda.
Bolsonaro agradeceu a "confiança" do presidente do partido, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito do esquema do mensalão.
Bolsonaro disse ter "orgulho" de fazer parte da legenda, que integra o Centrão, bloco que ele criticava durante a campanha presidencial. — Motivo de orgulho muito grande estar aqui, satisfação. Agradeço à confiança que o Valdemar Costa Neto depositou em mim, me acolhendo agora para fazer parte do seu partido — afirmou.
"Nós tiramos o Brasil da esquerda, nós todos tiramos. Olha para onde estávamos indo", disse o mandatário para a plateia.
Em meio a uma possível quarta onda da Covid-19, com a variante ômicron, o evento contou com mais de 200 pessoas, num local sem ventilação. Apenas autoridades puderam entrar no pequeno auditório reservado para a cerimônia com o presente. Convidados e imprensa ficaram numa antessala.
O evento foi bastante diferente do lançamento do Aliança para o Brasil, partido que Bolsonaro tentou criar, mas não conseguiu. À época, a plateia estava repleta de apoiadores e discursos ideológicos. O tom da assinatura da ficha do presidente nesta terça-feira foi assim como a plateia: político.
Ainda que Bolsonaro quisesse uma filiação mais discreta, o quórum de ministros foi alto. Os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), entre outros, devem se filiar.