22 de novembro de 2024
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EXTREMA DIREITA

Bolsonaristas abandonam fuzis, rifles e submetralhadoras

Arsenal foi apreendido pela PF durante operação contra radicais

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A Polícia Federal (PF) apreendeu pelo menos 15 armas, incluindo um fuzil, um rifle e uma submetralhadora em residências de bolsonaristas em Santa Catarina, durante a operação desta 5ª.feira (15.dez.22), que investiga radicais de extrema direita suspeitos de organizar atos golpistas após o resultado das eleições desfavorável a Jair Bolsonaro.  

Mostramos, mais cedo aqui no MS Notícias, que buscas a 81 alvos acontecem em 7 estados: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. Há 17 alvos em Mato Grosso do Sul. A reportagem identificou 4 desses

As medidas de busca e apreensão foram ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também foram determinados bloqueios de contas e quebra do sigilo bancário dos investigados.

As apreensões dos armamentos aconteceram no estado catarinense, onde a PF cumpre 15 mandados de busca e apreensão. Em um primeiro endereço foram encontradas 11 armas, incluindo uma submetralhadora, um fuzil, um rifle com luneta e munições. Os moradores dos locais evadiram.  

Em uma outra casa, num 2º endereço, a PF encontrou quatro armas regulares e uma sem registro. Desta vez, uma pessoa foi presa em flagrante. A corporação comentou a operação apenas por nota. Veja a íntegra

 

De todos os estados alvos, apenas em Espírito Santo estão sendo cumpridos 4 mandados de prisão nas cidades de Vila Velha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim. A PF confirmou os 4 mandados de prisãoDois haviam sido cumpridos até o início da tarde de hoje. Outros dois suspeitos continuavam foragidos. Além disso, dois deputados estaduais capixabas, apesar de não terem sido detidos, precisaram colocar tornozeleira eletrônica.

Além dos mandados de prisões, são cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo. 

VIOLÊNCIA BOLSONARISTA 

O ministro Alexandre de Moares é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 519, que investiga os bloqueios e manifestações contrárias ao resultado da eleição presidencial de outubro. A íntegra da ADPF

Na 4ª feira (14.dez), Moraes havia dito que ainda teria “muita gente para prender e muita multa para aplicar” durante o 4º seminário “STF em Ação”.

A fala de Moraes citava o discurso prévio do ministro do STF Dias Toffoli. Ele havia mencionado as 964 detenções realizadas nos Estados Unidos de envolvidos na invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021. “Eu fiquei feliz com a fala do ministro Toffoli, porque comparando os números, ainda tem muita gente para prender e muita multa para aplicar” , disse Moraes. Não ficou claro, no entanto, se o magistrado falava dos EUA ou do Brasil. O comentário provocou risadas e aplausos da plateia presente.

No início de dezembro, Moraes já havia multado em R$ 100 mil os proprietários dos caminhões que estariam envolvidos no bloqueio de estradas. Ele também proibiu a circulação dos veículos e bloqueou seus documentos.

Na 2ª feira (12.dez), depois da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice eleito Geraldo Alckmin (PSB), bolsonaristas radicais tentaram invadir a sede da PF, em Brasília

Em discurso na cerimônia de diplomação do presidente eleito, Lula (PT), na segunda, Moraes prometeu 'integral responsabilização' dos responsáveis pelos "ataques antidemocráticos".

Os ataques começaram na sequência da ordem de prisão temporária do indígena xavante José Acácio Serere Xavante, 42 anos, a mando de Moraes. Os radicais vandalizaram ao menos 15 veículos na Capital federal. Veja AQUI. 

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