O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) enfrenta na próxima semana difícil tarefa de se reconciliar com Legislativo Municipal. Bernal, desde que voltou à Prefeitura, em agosto de 2015, não conseguiu convencer os vereadores quanto a suas boas intenções para Campo Grande e viu sua base aliada encolher.
Bernal, que antes da cassação chegou a ter sete vereadores como aliados. Hoje, tem apenas três, Luiza Ribeiro (PPS), Betinho (PRB) e Cazuza (PP). Luiza e Cazuza ainda se mantém como defensores fieis do prefeito, Bertinho, porém, é mais cauteloso e, em entrevista ao MS Notícias, admitiu que o desgaste político entre Bernal e Câmara tem prejudicado população que está ‘à deriva’.
Fato é que desgaste entre Bernal e vereadores começa a surtir reflexos na população, que já percebeu efeitos negativos do embate político pode travar administração da Capital, pois, embora Câmara tenha aprovado maioria dos projetos enviados pelo Executivo em 2015, o prefeito, no início de 2016, vetou matérias aprovadas pela Casa de Leis como projetos que preveem cotas para negros e índios em concursos públicos e isenção de IPTU para população de baixa renda e pessoas com câncer.
Mas, em meio ao furacão, Bernal se mostra esperançoso e diz contar com apoio da Câmara. Durante agenda pública na manhã desta sexta-feira (29), o prefeito anunciou que irá na primeira sessão do Legislativo, que acontece na próxima sexta-feira (2), para apresentar aos vereadores novos projetos ‘importantes para Campo Grande’.
“Eu vou lá. Expectativa é muito boa. Espero que comecemos a fazer trabalho em Campo Grande em parceria. Temos necessidade de implementar importantes obras e Câmara Municipal vai ter que estar parceira nisso”, diz o prefeito em relação às obras paralisadas, como, por exemplo, UPAs dos bairros Santa Mônica e Jd. Leblon e os 12 Centros de Educação Infantil que estão praticamente prontos, e podem atender cerca de 2.400 crianças.
O prefeito citou importância de dar continuidade aos projetos do PAC Mobilidade e Movimentação e disse contar com compreensão dos vereadores para cidade possa sair da estagnação, porém, mesmo pedido de paz, Bernal não poupou críticas à Câmara e aos vereadores Jamal Salém (PR) e Alex do PT que pediram a ele para rever convênio com exército diante da possibilidade de desemprego dos funcionários da construção civil na Capital. “Esse convênio com exército é necessário, a Câmara através do Jamal e Alex se manifestou contrária. Não podemos permitir que situações como essa se tornem polêmicas e prejudiquem nosso município”.