Parece que o prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) também está de olho em quem poderá ocupar a cadeira na presidência da Câmara Municipal, caso haja uma possível renúncia do presidente afastado Mario Cesar (PMDB).
Durante visita do Ministro George Hilton a governadoria nesta manhã (25) em Campo Grande para uma reunião de trabalho sobre assuntos referentes ao planejamento da passagem da Tocha Olímpica “RIO 2016” em Mato Grosso do Sul, o prefeito Alcides Bernal (PP) aproveitou uma “brecha” para falar da relação entre o executivo e o legislativo que “não parece boa” e pode impedir a governabilidade de Bernal junto a casa.
“Não existe instabilidade política. O que existe é uma necessidade de tomada de decisão da parte da direção da Câmara Municipal em relação à presidência. Essa definição é importante para estabelecermos uma relação tranquila. Tenho conversado com o Flávio Cesar (PT do B), mas para construir um pacto de governabilidade por Campo Grande envolvendo políticos é preciso que haja uma definição nesse sentido”, afirmou Bernal.
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Esta semana O MS Notícias conversou com Flávio Cesar (presidente interino da Câmara) sobre a possibilidade de renúncia de Mario Cesar, o que levaria uma possível disputa interna pela cadeira na casa. Flávio descartou o assunto dizendo que tudo não passa de especulação. “São rumores, e de concreto não existe nada nesse aspecto. O presidente afastado, Mario Cesar não tem até o momento nenhuma ação efetiva de entregar a presidência em exercício. Sobre pedido de renúncia, e essa prerrogativa cabe a ele somente, pelo que me consta, são apenas especulações. Nosso objetivo é cumprir o papel da presidência conduzindo todos os trabalhos da casa da melhor maneira possível”, disse Flávio.
“Não larga o osso”
Enquanto isso, o advogado Leonardo Saad Costa afirmou que Mario não estaria disposto a renunciar neste momento, tendo outras prioridades a serem resolvidas. “Sabemos que essa é uma decisão dele, porém não é algo que está sendo discutido no momento. Acredito que se a ‘não renúncia’ for prejudicial aos trabalhos da casa, ele pode pensar em deixar a presidência. Agora estamos aguardando os recursos a serem julgados no tribunal e temos isso como prioridade no momento”, pontuou o advogado. Mario Cesar já tentou duas vezes voltar a Câmara, alegando que sua volta não influenciaria nos trabalhos da casa, mas os pedidos até o momento foram negados pela Justiça.