30 de junho de 2024
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Azambuja lembra que apontou gestão danosa da cidade em 2012, quando Nelsinho era o prefeito

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Prefeito de Campo Grande entre 2005 e 2012, Nelsinho Trad (PSD) foi eleito senador em 2016 com o empenho total do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Este apoio, no entanto, não tirou do olhar meticuloso do governante os focos de desgoverno que marcaram a gestão de Nelsinho, especialmente na reta final de seu mandato.

Entrevistado pelo jornalista e radialista Arthur Mário, da Rádio Hora, Azambuja lembrou-se que quando disputou a prefeitura da Capital em 2012 apontou os muitos estragos sofridos pela cidade no governo de Nelsinho Trad. E disse que esta herança é difícil de solucionar, tamanha a dimensão. “Os problemas de Campo Grande são visíveis. Fui candidato em 2012. Por 0,1% não fui para o segundo turno”, recordou.

Reinaldo Azambuja falou mal da gestão a qual era comandada pelo seu aliado à época, Nelsinho Trad. Foto: Tero Queiroz Reinaldo Azambuja falou mal da gestão a qual era comandada pelo seu aliado à época, Nelsinho Trad. Foto: Tero Queiroz 

Em seguida, descreveu os itens de suas críticas: “Eu debatia: faltava vaga em creche, faltava atendimento nas UBS, faltava atendimento de média complexidade nas Upas, a iluminação pública estava deteriorada, as praças públicas abandonadas, o tapa-buracos era um desastre. A periferia da cidade estava suja, a iluminação não funcionava. Estou dizendo coisas de 2012”, relatou. E completou: “Aí eu volto para 2024 e esses problemas continuam existindo. Não tem vaga em creche para a mãe trabalhadora. Passaram-se 12 anos e nada mudou nos problemas de Campo Grande”.

Embora sem fazer o recorte de reconhecimento ao complexo, mas bem-sucedido trabalho de recuperação que a prefeita Adriane Lopes (PP) vem fazendo, Azambuja deixou sobre a mesa dos debates pré-sucessórios o que pode se transformar numa rusga entre tucanos e Nelsinho. Isto porque o ex-governador sabe do acúmulo de estragos que naquele período deixou o Município em situação de ingovernabilidade. E o PSDB não aceitar entrar de gaiato no enredo de uma história na qual não tem responsabilidade.

O senador é pré-candidato à reeleição em 2026 e tem como principal trunfo o lastro do PSDB e do governo tucano. Por esta razão, trabalha de maneira alucinada com a divulgação maciça de emendas e recursos que o seu mandato estaria derramando em Mato Grosso do Sul para ajudar a gestão do governador Eduardo Riedel.

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