Era evidente o mal estar que pairava entre os vereadores que chegavam para a primeira sessão da Câmara Municipal de Campo Grande após o escândalo que eclodiu neste final de semana prolongado, envolvendo o vereador Alceu Bueno. Ouvidos, Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Carlão (PSB) disseram não possuir informações suficientes para fazer um julgamento.
Em relação ao caso de 2003 que envolveu dois vereadores da época, o mesmo Robson Martins preso na flagrante montado na quinta-feira e César Disney, já falecido, os vereadores demonstraram desconhecer o fato de que haviam renunciado ao mandato momentos antes de serem julgados por seus pares, pois a Câmara presidida, então, por Youssif Domingos, havia aberto processo contra ambos por quebra de decoro parlamentar e comportamento indigno com a Casa. Com a renúncia se livraram da ameaça de ter os direitos políticos cassados e ficarem inelegíveis por oito anos.
Leia também
• Detalhes do esquema de pedofilia serão revelados amanhã em coletiva
• Pedofilia: como o Tribunal que inocentou antes vai julgar agora
• População está indignada com escândalo de pedofilia e exige prisão de vereador
• Vereador se diz inocente, mas em 2012 rumores apontavam para suposto envolvimento com pedofilia
Consultados, os vereadores alegaram que todas as ações serão tomadas a partir do posicionamento do presidente da Câmara após o posicionamento do delegado que comanda as investigações. Com a imagem profundamente abalada após a cassação de Alcides Bernal, a blindagem do atual prefeito Gilmar Olarte, vereadores que mantém seu mandato sub-judice, talvez a Casa leve para o limbo, definitivamente, a imagem de todo o legislativo, e tenha suas ações lembradas nas próximas manifestações que têm como ponto principal a corrupção, mas quer principalmente a moralização na política.