O vereador Alceu Bueno (PSL), que até quarta-feira era presidente da Comissão de Obras, é um dos principais legisladores que se posicionaram contra a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar possíveis irregularidades na operação "tapa-buraco".
Alceu recebeu, em 2012, R$ 157,3 mil de Edson Giroto, então candidato a prefeito, que por sua vez repassou a Bueno dinheiro recebido por ele de empreiteiras como Proteco, do empresário João Amorim, irmão da ex-primeira dama, hoje deputada estadual, Antonieta Amorim (PMDB), da Pavitec cuja dona era secretária de finanças de Nelsinho Trad, Eva Salmazo. O dinheiro arrecadado por Giroto era repassado não só a Alceu, mas a alguns dos vereadores eleitos.
?Bueno, que já foi investigado pelo Ministério Público Estadual por algumas vezes, por conta de irregularidades em depósito de material de construção do qual é dono, que já foi flagrado cobrado dinheiro de políticos que queriam se coligar ao PSL nas eleições municipais em 2012, tem entrado em contradição constantemente uma vez que chegou declarar à imprensa que defendia CPI contra Olarte, depois voltou atrás e no dia reunião com secretário de infraestrutura, Valtemir Brito, Bueno sequer fez perguntas, se calou.
Outros vereadores ajudados por Giroto são: Otávio Trad, R$ 25,3 mil; Eduardo Romero, R$ 24,3 mil; Flávio César (PTdoB); R$ 7,3 mil; Carlão (PSB), Airton Saraiva (DEM), Gilmar da Cruz (PRB), Herculano Borges (SD), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), todos com R$ 7,3 mil, e Edson Shimabukuro (PTB), R$ 17,3 mil. Dos vereadores que receberam ajuda, apenas Chiquinho Telles (PSD) assinou abertura da CPI.