Diante do aumento da tarifa para R$ 4,95 do transporte coletivo de Campo Grande (MS), o vereador Landmark Rios (PT) convocou a população para um protesto para a próxima quarta-feira (28.jan.25), às 18h, no Terminal Morenão, contrário ao reajuste que ele classifica como ‘abusivo’. O ato é realizado por um coletivo encabeçado pela também vereadora Luiza Ribeiro (PT).
“O transporte coletivo de Campo Grande é um caos. Como pode ser aceitável uma tarifa de R$ 4,95 para andar em ônibus velhos e lotados? O serviço está insustentável. Campo Grande tem uma das tarifas mais caras do Brasil, mas a qualidade é péssima. Ônibus lentos, sem ar-condicionado e sem nenhum respeito ao usuário”, reclamou Landmark, destacando a falta de planejamento e a má gestão do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo da capital sul-mato-grossense.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Landmark se comprometeu a acompanhar a mobilização e lutar por mudanças no sistema de transporte da cidade. “Vamos nos unir e lutar por um transporte mais digno e acessível. A população de Campo Grande merece respeito”, disse, convocando a população a participar da luta contra o aumento da tarifa e pelas melhorias no transporte coletivo. Assista:
RAIZ DO PROBLEMA
Para o vereador Landmark, a raiz do problema do transporte público está no Consórcio Guaicurus, que, segundo ele, recorre constantemente ao poder público para resolver seus problemas financeiros, enquanto a população sofre com os impactos de um serviço ineficiente. “O Consórcio Guaicurus está sempre colocando a faca no pescoço do poder público. Eles não conseguem dar conta do serviço e, ao invés de resolver seus problemas de gestão, pedem mais dinheiro da Prefeitura e do Estado. Enquanto isso, o povo paga a conta com um transporte de péssima qualidade. Isso precisa mudar”, afirmou.
O vereador ainda apontou a falta de fiscalização das autoridades competentes, como a Agetran e a Agereg. “Estamos vendo uma total omissão das autoridades que deveriam garantir a qualidade do serviço. Mais de 70% dos usuários do transporte coletivo são mulheres trabalhadoras, e elas merecem um transporte digno. Não podemos continuar assim, com terminais sucateados, ônibus quebrados e um serviço que não atende às necessidades da população”, destacou o vereador.
Para ele, a situação é ainda mais grave porque o Consórcio Guaicurus, ao não conseguir administrar corretamente o sistema, acaba sugando recursos públicos que poderiam ser aplicados em áreas essenciais, como saúde e educação. “Cada vez que o Consórcio pede mais dinheiro ao poder público, está tirando recursos de áreas como saúde, educação e habitação, que são fundamentais para a população. Essa falta de gestão prejudica a economia da cidade como um todo”, concluiu Landmark.