A rua Porto Seguro, na vila Planalto, área central de Campo Grande, não tem feito ‘jus’ ao nome, já que a insegurança por causa da presença de usuários de drogas, animais peçonhentos e riscos de doenças, tem deixado moradores do local apreensivos. Isso porque as reclamações estão concentradas em um terreno baldio que fica na altura do número 230 da rua.
A manicure Irani Souza Vargas sempre passa pelo local e pela rua, pois a calçada do terreno reclamado está tomada pelo matagal que chega às alturas. “Passo pela rua, pois não tem condições pela calçada. Isso prejudica a todos. É perigoso por causa de ladrão aqui. Nunca fui assaltada, mas tenho medo”, comentou a manicure que mora no bairro há 37 anos.
Uma analista de sistemas, de 41 anos, que preferiu não dizer o nome, conta que no fundo do terreno existe uma edícula que é dominada por usuários de entorpecentes. Ela relata que o local fica mais perigoso durante a noite, pois não existe iluminação. “Já reclamamos para a prefeitura e nada até agora foi feito. Não sabemos quem é o dono do terreno que também não toma nenhuma providência. Esses tempos, funcionários da Solurb [empresa responsável pela coleta de lixo] jogaram restos de poda de árvore nesse terreno”, denunciou a analista.
Outro morador que sofre com a situação é o militar, Nei Maciel, que mora há cinco anos ao lado do terreno que está dominado por muito mato e sujeira. “Eu mesmo limpo parte do terreno com um facão, mas não adianta muito, pois chove e o mato cresce novamente. Minha maior preocupação é em relação à saúde, pois aqui em casa já aparecerem cobras, caramujo e até ratos. E o pior de tudo é a questão da dengue”, exclamou o militar.