23 de dezembro de 2024
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Solurb nega, mas fotos mostram que área de transição pode, supostamente, ter virado em lixão

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Depois de ter sido publicado, em primeira mão, no MS Notícias, que a justiça de Mato Grosso do Sul determinou ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que fiscalize a área dos aterros sanitários de Campo Grande, administrados pelo consórcio CG Solurb, a reportagem do MS Notícias entrou em contato com o superintendente da empresa Elcio Terra para entender o motivo pelo qual a Solurb, que desde 2012 administra coleta e tratamento de lixo na Capital tem, supostamente, descumprido normas contrato conforme denúncias apresentadas à justiça.

Por e-mail, a superintendência negou as denúncias e afirmou estar cumprindo todos os temos do contrato. Conforme nota, a CG Solurb nega que a área de transição está se transformando em novo lixão, porém sem adequações necessárias para evitar contaminação do solo, como denunciou MS Notícias na última quinta-feira.

De acordo com decisão judicial, proferida no dia 31 de março deste ano pelo juiz auxiliar da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Marcelo Oliveira, as denúncias apontam para possibilidade de contaminação do solo e do rio Anhanduizinho e por isso a justiça determinou ao Ibama que pericie o local.

?No entanto, segundo a Solurb na área de transição ocorre apenas a “descarga, triagem dos resíduos pelos catadores (conforme determinação judicial) e encaminhamento dos resíduos ao aterro sanitário para disposição final.” Fotos registradas pelo MS Notícias no dia 01 de abril mostram uma montanha de lixo sobre área de transição e caminhões da empresa despejando terra sobre o lixo, que deveria, conforme determinação judicial,  ser retirado dali e não enterrado.

Ainda em relação à espessura da manta de impermeabilização do solo utilizada pela Solurb na área, a empresa alega ter implantado mantas de 2 milímetros de espessura, como prediz o edital, porém, fotos da Polícia Federal, que são provas em uma ação popular movida contra empresa, mostram falhas no isolamento, com verdadeiros buracos entre as mantas e a espessuras delas conforme denúncias, é, supostamente, de 1,5 milímetros.

Atrasado na entrega da UTR é culpa da chuva

Outro descumprimento por parte da empresa em relação ao aterro sanitário é a construção da UTR (Usina de Tratamento de Resíduos) onde será feita reciclagem de resíduos. A UTR deveria ter sido entregue em agosto de 2013, porém a obra até hoje não foi concluída. Conforme nota da empresa, o atraso é ocasionado devido às chuvas, e a previsão é de que até maio a usina seja entregue. Segundo a Solurb, a obra está 70% concluída.

Em nota a empresa afirma: “Não existem impedimentos, apenas a execução do cronograma de obras, com a ressalva da reprogramação cronológica das intempéries, sobretudo as chuvas.”