15 de novembro de 2024
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Sisem não entra em greve, mas promete ação judical para garantir reajuste salarial

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Em contra proposta ao Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), que ameaçou entrar em greve devido ao não reajuste salarial da categoria, o prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte ofereceu ontem aos servidores municipais, na tentativa de "tapar sol com a peneira", a redução de 10 horas na carga horária semanal ao invés do reajuste da data base decretado por lei, no dia primeiro de maio.

A partir da primeira semana de junho, cerca de oito mil servidores terão a redução no horário de trabalho, de 40 horas semanais para 30h.  As informações são do presidente do Sisem, Marco Tabosa, que esclareceu para o MS Notícias que apesar da tentativa do prefeito de aliviar a história, “a categoria irá impetrar uma ação judicial solicitando que o Prefeito conceda pelo menos o reajuste salarial de acordo com as inflações”.

As áreas beneficiadas com a redução ainda não foram confirmadas pela Prefeitura, pois serão feitos estudos para saber quais setores poderão aderir, mas Tabosa adiantou que, administrativos da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio), Funesp (Fundação Municipal do Esporte), Semad (Secretaria Municipal de Administração), e Semed (Secretaria Municipal de Educação) farão parte da redução.

Além da redução de carga horária, servidores administrativos da educação receberão aumento de R$ 90 no valor da bolsa alimentação. Agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias também contam com o ajuste da bolsa, porém, no valor de R$ 20.

Outra mudança para o setor administrativo da educação está no acréscimo de 10% no valor do benefício do programa Pró-funcionário (Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público) que promove a formação profissional técnica em nível médio de funcionários das instituições públicas de ensino, por meio de cursos de qualificação.

De acordo com Tabosa, em assembleia realizada ontem, os servidores optaram por não entrar em greve com a proposta do Prefeito, porém, firmaram uma data, quatro de junho, para ingressar uma ação judicial contra a Prefeitura, solicitando o reajuste salarial devido à inflação.