14 de novembro de 2024
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Sem salário, enfermeiros marcham até Prefeitura e fazem "apitaço" contra descaso de Olarte

Os enfermeiros da Santa Casa de Campo Grande decidiram promover na manhã de hoje um "Apitaço" contra o que eles chamam de descaso do Prefeito da Capital, Gilmar Olarte, com a saúde. 

Com salário do mês de maio atrasado desde sexta-feira e sem previsão de receber o pagamento, os enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos em radiologia, fisioterapeutas e administrativos estão reunidos em frente à Santa Casa desde às 8h da manhã e seguem neste momento em direção ao Paço Municipal para protestar contra as atitudes do Prefeito, em especial, contra o não pagamento do repasse de R$ 8,3 milhões acordado entre o hospital e o município.

Segundo informou o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) Wilson Teslenco, ontem à tarde ao MS Notícias, a Prefeitura repassou apenas R$ 4,3 milhões no final da tarde de sexta-feira, e caso o restante do valor não seja pago, Teslenco afirma que não há como pagar os salários atrasados integralmente e apenas parcelado.

Porém, de acordo com o presidente do Siems (Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, a categoria não aceita a proposta e exige que o Prefeito cumpra com prometido. "Esse prefeito não tem preparo para administrar uma cidade como Campo Grande, o que ele está fazendo é um desrespeito com os trabalhadores e com toda população", diz Lázaro.

Caso o salário não seja pago em 3 dias, ou seja, até final de quinta-feira, os enfermeiros já anunciaram que entrarão em greve geral a partir de sexta. Segundo Lázaro, dentro desse prazo concedido ao Prefeito, todos os dias haverá paralisação parcial do trabalho dos enfermeiros em forma de protesto. Ele explica que em cada turno de trabalho, ou seja, matutino, vespertino e noturno, durante 3 horas, 30% dos enfermeiros suspenderão as atividades.

Além do pagamento do salário, os enfermeiros cobram reajuste salarial de R$ 12,64%. Hoje, um enfermeiro que atua na Santa Casa durante 44 horas semanais recebe R$ 1137. Segundo a Polícia Militar, que acompanha a manifestação, existem cerca de 500 pessoas no ato. O Sinter-MS (Sindicato dos Técnicos em Radiologia de Mato Grosso do Sul) e o Sintesaúde também está presente. 

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