15 de novembro de 2024
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Reajuste dos servidores deve ficar acima de 10%, e paralisação não está descartada

Marcos Tabosa diz que reajuste do funcionalismo deve ser acima de 10%, mas não descarta greve se Olarte não cumprir o que vem sendo negociado.

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O presidente do Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande – MS (Sisem), Marcos Tabosa, conversou com o MS Notícias na manhã de hoje, e disse que após três reuniões ficou acertado que a Prefeitura fará uma redução de custos que lhe permita pagar o reajuste dos administrativos num percentual de dois dígitos (acima de 10%).

“Nós demos a ideia de cortar as gratificações dos comissionados contratados, então o prefeito decidiu cortar de todos. São 306 comissionados concursados e 1044 comissionados contratados. Ele quer cortar 30% em tudo. O que a gente está brigando é para que ele diminua esse corte para os comissionados concursados. A gente não concorda com o corte de 30%, entendemos que tenha que cortar, mas não esse percentual. Não pode penalizar a todos. Estamos conversando com o secretário de Administração, mas está difícil a negociação. Estamos pedindo redução de carga horária, porque estende a economia à água, energia, telefone, vale alimentação. Passaria o expediente para 6 horas em algumas secretarias, não todas. E levamos essa proposta e estamos aguardando, que pela economia conseguida ele chegue ao índice que nós pretendemos”, disse Tabosa.

Sobre a possibilidade de corte no número de contratados, o presidente do Sisem disse que Gilmar Olarte disse que não negocia com essa possibilidade, que seria considerada até por Tabosa como o remédio mais amargo. Entretanto, a crise pela qual atravessa as finanças municipais, não é considerado entrave para as negociações, na visão do sindicalista.

“Dinheiro para tocar obra ele está tendo, só no cidade limpa são R$ 1,5 milhão por mês, R$ 14 milhões por ano; agora está vindo mais obras. Eu entend que a função do prefeito é tocar obras, tem que fazer posto, creche, melhorar a educação, afinal ele tem que briga pela reeleição dele, mas ele tem que entender que o servidor público também é eleitor, em família, e hoje nós somos quase 20 mil. Ele em que ter responsabilidade com seus comandados”, enfatizou Tabosa.

Paralisação

Ainda que não acredite numa paralisação, essa possibilidade não está descartada. Tabosa acredita que o prefeito vai ter a responsabilidade de conseguir condições para o reajuste pretendido pela categoria. “A equipe que ele montou, com o secretário de administração, Wilson do Prado, secretário adjunto, Ivan Jorge, e o secretário de governo, Rodrigo Pimentel. Eles abriram tudo para nós, nos deram acesso a tudo, e vamos avançar, afinal ninguém quer uma paralisação, uma greve dos servidores”, finalizou.