Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande rejeitaram a proposta oferecida pela Prefeitura de efetuar o pagamento de parte do piso nacional para 20 horas semanais em outubro deste ano.
A ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) desde início do ano tem tentado dialogar e convencer a Prefeitura a cumprir a Lei Municipal nº 5.411/2014 que estabelece o acréscimo salarial de 13,01% sobre piso atual, que é de R$ 1697, adequando o salário ao piso nacional de R$ 1917.
Porém, conforme Prefeitura informou hoje pela manhã para não descumprir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que determina gasto máximo de 54% do orçamento com folha de pagamento, o município poderia aplicar reajuste de 8,3%, o que corresponde à correção da inflação.
"Estamos lutando por um direito, por uma lei que foi aprovada. Vamos continuar cobrando e vamos tentar aumentar a adesão das escolas. Hoje temos 50% da Reme em greve, queremos atingir 100%", afirma Geraldo Gonçalves, presidente da ACP.
A categoria deu início à greve ontem, depois de diversas tentativas de negociação com Prefeitura. Amanhã, os professores farão panfletagem durante todo dia no cruzamento da avenida Afonso Pena com rua 14 de Julho e na quinta-feria (28), a categoria fará nova mobilização na Câmara de Vereadores da Capital. Na sexta, a partir das 8h haverá passeata pelo centro da Capital. O local de saída e o trajeto ainda não foram definidos.