Para tentar aliviar a crise entre o executivo e a educação da rede pública municipal de ensino, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) prometeu se reunir com os professores amanhã (8) às 16 horas, para discutir várias solicitações da categoria.
De acordo com o presidente da ACP, (Sindicato Campograndense dos Profissionais da Educação) Geraldo Gonçalves, ACP existe uma grande expectativa grande para uma reunião marcada com o prefeito Alcides Bernal nesta quinta-feira. “Já tivemos várias reuniões, uma no dia 31 de agosto, outra no dia 8 de setembro e marcamos para o dia 5 de outubro, mas esta foi adiada para amanhã (8) às 16 horas com o prefeito. Estamos na expectativa e vamos continuar lutando pelos nossos direitos, queremos o cumprimento da lei, queremos as eleições para diretor, recursos humanos nas escolas e outras reivindicações. Vamos esperar o que o Bernal tem pra nos dizer”, comentou Geraldo.
Os professores paralisaram as atividades no dia 25 de maio e só retornaram no dia 25 de agosto, após o período das férias escolares. Nesse tempo foi travada uma ‘guerra’ entre a prefeitura (na época com Gilmar Olarte) e a categoria, que exige o cumprimento da lei 5411/2014 que concede reajuste de 13% nos salários dos professores do município.
Cobrança do legislativo
Ontem, (6) em sessão na Câmara, a pauta que envolve os professores voltou a ser discutida. O vereador Alex criticou o adiamento da reunião da categoria, a qual foi adiada para depois da decisão da Justiça sobre a legalidade da Lei 5.411. “Não podemos perder nosso compromisso com a educação. Fizemos um juramento de cumprir a lei. Várias vezes pessoas, que hoje ocupam cargos na administração Bernal, vinham a esta Tribuna querendo o cumprimento da Lei e vários integrantes do primeiro escalão do atual prefeito se comprometeram com essa luta. Esta é uma luta que não pode ser esquecida. Tinha uma audiência marcada para segunda que foi deixada para depois da demanda judicial. Não precisamos da decisão judicial para voltar à mesa de negociação. Tem que sentar e discutir de maneira transparente antes da decisão judicial. Eu não vou abandonar a luta dos professores da educação, não estou aqui para ser vereador para agradar o prefeito de plantão”, afirmou.
O vereador Eduardo Romero também concordou que as discussões precisam ser retomadas. “Precisamos retomar essas discussões, precisamos saber o porquê dessa demora em conseguir essas agendas com o prefeito. Precisamos discutir o novo reajuste agora, que chegou a peça orçamentária. Tem que haver essa discussão pela classe dos professores”, ressaltou.
Para o vereador Herculano Borges, “caiu no esquecimento à questão do aumento dos professores. Sempre estivemos trabalhando na questão de ter um acordo para a Lei ser cumprida, trabalhando nesse entendimento para que a Lei fosse cumprida e a oposição dizendo que a Prefeitura era super avitária e tinha dinheiro para pagar e agora silencia. A Prefeitura silenciou e nada mais aconteceu, temos que trazer de volta o assunto, para que essa Lei 5.411 não caia no esquecimento. É muito bom que se traga de novo esse assunto para que a gente possa dar retorno para os professores”, alegou.