Às vésperas da 5ª reunião entre Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais) de Campo Grande e administração da Prefeitura da Capital, o presidente do sindicato Marcos Tabosa conversou com MS Notícias sobre expectativa dos servidores, que pleiteiam reajuste salarial de pelo menos 10%.
Segundo Tabosa, até o momento os servidores estão sendo pacientes com o prefeito Gilmar Olarte, porém, não aceitarão a "teoria do caos", que, segundo Tabosa, tem sido usada pelo prefeito para justificar a falta de investimentos em áreas essenciais como saúde e educação e cortes incoerentes de funcionários.
"O servidor não pode pagar pela desorganização ou problema da administração. Se ele assumiu prefeitura com problemas, ele sabia disso desde quando assumiu por que não tentou resolver antes? Por que deixou tudo assim para explodir? E outra nunca houve tantos comissionados na Prefeitura como existem hoje", diz Tabosa.
Conforme o presidente do Sisem, não há motivo real para Olarte não conceder o reajuste de pelo menos 10% no salário do servidor. O sindicato propõe que Olarte exonere 80% dos comissionados contratados, o que geraria uma economia de R$ 5 milhões ao mês para município. Outra medida apresentada é redução da carga horária de alguma secretarias de oito para seis horas, o que deve significam conforme cálculos de Tabosa, mais R$ 1,5 milhão de ganho. "Com esses cortes, ele consegue aplicar reajuste de 10% com certeza, o que não pode é cortar 30% do salário de todos os comissionados incluindo os concursados", defende Tabosa.
Amanhã, em horário a ser definido, Sisem, que representa 11 mil servidores, se reúne com secretários de finanças, administração e governo na tentativa de chegar a um acordo. Tabosa ressalta que a categoria não tem intenção de "por a faca" no pescoço do prefeito, mas garante que desculpas não serão aceitas e caso não haja acordo em reajuste de pelo menos 10%, greve dos servidores deverá ser votada em assembleia geral na próxima semana. Hoje, a Prefeitura conta com 1045 comissionados. No início da gestão de Olarte eram 1096. Vale lembrar que mesmo com recomendação do Ministério Público Estadual para demitir 20% dos comissionados, o prefeito mante nomeações.