Cerca de 300 funcionários da Enersul começaram, hoje no início da manhã, uma paralisação de 48 horas preocupados com a possível transferência da sede da empresa para outro estado. A decisão foi tomada na tarde de ontem durante assembleia da categoria. A principal reivindicação dos trabalhadores da Enersul é a manutenção dos postos de trabalho atuais por parte do grupo que deve assumir hoje o controle da empresa sul-mato-grossense, no caso, a Energisa. O temor dos funcionários que aderiram à paralisação é a terceirização excessiva, dos serviços.
De acordo com o presidente do Sinergia (Sindicato dos Eletricitários de Mato Grosso do Sul), Élvio Marcos Vargas, o projeto apresentado pela Energisa para assumir a Enersul e outras sete distribuidoras do Grupo Rede Energia trás prejuízos para o Mato Grosso do Sul.
“Estamos reivindicando a manutenção da estrutura da Enersul aqui no Estado porque o grupo da Energisa tem a intenção de levar a Enersul para outro lugar, já falou isso em audiência pública, e isso seria ruim não só para os trabalhadores como para toda sociedade que terá dificuldade no atendimento”, explicou.
O objetivo do sindicato é paralisar 90% do serviço feito pelos 1100 funcionários próprios da empresa. Os serviços essenciais de distribuição de energia continuam funcionando normalmente, mas atividades administrativas, atendimento personalizado e serviços de desligamento de energia estão paralisados. “A ideia é não prejudicar a sociedade”, afirma Élvio.
Os funcionários estão divididos nas três unidades da empresa, sendo que a maior concentração é em frente à sede da Enersul na avenida Gury Marques, saída para São Paulo.
Diana Christie e Anna Gomes