Discursos e desculpas não conseguem alimentar estudantes. Talvez o prefeito Gilmar Olarte (se mantém no PP sob liminar) pretenda que os alunos alcancem os índices pretendidos pelas escolas por meio do jejum. Pais e funcionários da Escola Municipal Professor Arlindo Lima, localizada na Rua Barão do Rio Branco, em Campo Grande, que não quiseram se identificar para não engrossarem a imensa lista de perseguidos pela administração municipal, denunciam que falta merenda há vários dias naquela unidade de ensino.
“Está faltando lanche nas escolas e, em uma escola em particular, a Escola Municipal Prof. Arlindo Lima, estão servindo farofa dia sim, dia não. Hoje (22) foi servido leite de soja sem sabor algum . Não há bolachas, frutas, verduras. Variedade no cardápio está difícil. Os professores contratados não entrarão em greve, pois há ameaça de demissão sobre eles. Dizem que há arroz e feijão, porém é raro, em pouca quantidade”, conforme um grupo de denunciantes.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul vem investigando há tempos, denúncias de falta de alimentos no cardápio das escolas municipais. Diretores de escolas já tiveram que comprar panelas de pressão, os funcionários fazem “vaquinha” para a compra de gás de cozinha, temperos e materiais de limpeza.
Tudo são denúncias, mas a prefeitura de Olarte refuta dizendo que as acusações não procedem. Em relação à falta de merenda as denúncias são costumeiras e não há quem defenda a atual gestão, já em caso de materiais de limpeza Olarte conta com a defesa cega de um fornecedor que lhe representa em outro poder municipal.
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“Nós temos visto apenas alguns vereadores se manifestarem a esse respeito, diferente do que aconteceu no governo passado quando eles faziam visitas nas escolas e Ceinfs para comprovarem a falta de merenda. Então resolvemos denunciar pela imprensa. Alguns alunos têm condições de levar merenda, mas uma boa parte deles tem como melhor alimentação a que é servida na escola. Se está nessa situação aqui, numa escola da Região Central, imagine o que estão passando os alunos das escolas mais periféricas”, diz um servidor que não pode se identificar.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) vem sendo administrada de forma oficiosa pela primeira-dama Andréia Olarte e sob a responsabilidade do interino, Wilson do Prado, que responde pela Secretaria Municipal de Administração.
