Uma criança indígena da aldeia Panambizinho, em Dourados, atacada por um cachorro da raça Pitbull teria "abraçado o bicho" quando ele estava amarrado no quintal da família na Aldeia. A Conselheira Tutelar, coordenadora do Conselho Leste em Dourados, Janine Matos, diz que não é verdade que um fazendeiro atiçou o cão sobre a pequena indígena de 4 anos, no sábado (6.nov.21).
O MS Notícias repercutiu a denúncia de ativistas indígenas que começou a circular nas redes sociais, na noite da segunda (8.nov.21). "Não é verdade isso aí. Porque fui até na Polícia, porque precisaria registrar um Boletim de Ocorrência se fosse de fato um fazendeiro que atiçou o animal, mas não foi. Falei com uma liderança chamada Samuel, ele me disse como tudo aconteceu de verdade", explicou Janine.
Segundo ela, o cachorro pertencia ao tio da criança e estava amarrado no momento que a pequena tentou acariciar o bicho. "O tio dela ganhou o cachorro há 10 dias, então, o cachorro estava amarrado esperando para se acostumar com a família. A criança se aproximou algumas vezes antes e ele rosnou, no dia do ataque, a mãe não viu e a criança se aproximar... ela [a criança] tentou abraçar o cachorro para brincar, momento que ele a atacou", disse a conselheira.
A pequena indígena foi resgatada em estado grave ao Hospital Regional de Dourados. "Eu não tive acesso ao prontuário dela, mas me disseram que o estado dela é muito grave, foram muitos ferimentos em regiões delicadas. Ela segue na UTI", adiantou.
O Portal havia sido informado por ativistas que um latifundiário teria soltado o cachorro em cima da criança, a informação, porém, não procede. "Não teve isso. Eu vi as pessoas compartilhando, mas não existiu isso. É ruim, porque já existe um conflito e quando criam uma situação dessas, colocando uma criança, as lideranças ficam todas agitadas", completou Janine.
Não há, ainda, mais detalhes sobre o quadro de Saúde da criança.