21 de dezembro de 2024
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Artistas criticam estagnação da cultura e exigem cassação de Olarte

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Audiência pública da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) começou com protesto de artistas na Câmara Municipal da Capital. Os protestantes cobram saída de Juliana Zorzo e cassação do Prefeito Gilmar Olarte (PP).

Os artistas questionam a capacidade de gerenciar a fundação e políticas públicas para cultura. Uma das exigências deles é aplicação da lei do 1% que não foi aplicado ano passado e nem este ano.

A guarda municipal marca presença, pelos menos 15 homens e três viaturas estão no local para manter a segurança entre as autoridades e artistas.

A presidente da comissão de cultura da câmara, vereadora Luiza Ribeiro (PPS), Eduardo Romero (PT do B), Vanderley Cabeludo (PMDB), Paulo Pedra (PDT) e o deputado estadual Pedro Kemp (PT) acompanham a audiência na câmara de vereadores.

A presidente da Fundac, Juliana Zorzo, enviou uma carta aos artistas, alegando que não sabia da audiência, por conta disso não compareceu. Todos os ficaram indignados com ausência de Zorzo.

Calote - A atriz Beth Terras trabalha há mais de 20 com cultura disse que não tem como comparar a atual gestão com as outras. “Isso que vemos hoje não é gestão, Juliana está brincando de administrar, tanto ela e o prefeito não sabem gerenciar e administrar a cultura, eles não entendem de cultura” afirma.

Para Ângelo Arruda, ex-presidente do Fórum de cultura, não é só a Fundac que não cumpre a lei. Segundo ele, os quatro milhões não foram pagos e empenhos cancelados de última hora, o que é contra a lei.

 Diante do calote que o município aplicou de R$ 4 milhões da lei que determina a destinação do orçamento de 1% para cultura, foi enviado uma petição ao Ministério Público estadual pedindo que seja aberto o inquérito para que seja investigado o caso. “Basta o Ministério Público investigar, eles vão ver que os números são reais”, comenta Arruda.

Desrespeito - Para Beth Terras, os artistas estão sendo desrespeitados e que o prefeito se contradiz quando vai ao público, porém não investe em cultura. “É um desrespeito com a população, Campo Grande nunca foi tão mal administrada”, reclama.

Uma das manifestantes, identificada como Fernanda, desafiou os vereadores da base de Olarte a deixar de apoia-lo. Para ela o prefeito não está cumprindo a lei, o que pode ser cassado por improbidade administrativa. “Se ainda existe amoralidade de entre os vereadores peço que vocês saiam da base e casse o prefeito” enfatiza.

Os manifestantes questionam que o prefeito alega a falta de dinheiro, mas que foram nomeados vários comissionados na prefeitura.  “O prefeito vive dizendo que não tem dinheiro, por que colocou tanto comissionados na prefeitura”, questiona um dos manifestantes.

Cassação - Durante a audiência os artistas começaram a gritar “cassação”. Eles querem que o prefeito seja cassado. “Esses vereadores que estão hoje são responsável por ter colocado o Olarte na prefeitura”, reclama Terras.

Os artistas vão permanecer na câmara municipal até a exoneração da Juliana Zorzo, presidente da Fundac, e pedem que os vereadores tomem alguma atitude.