Tião Viana (PT), 53, foi reeleito no segundo turno para o governo do Acre neste domingo (26). O resultado nas urnas mantém o PT à frente do Estado por mais quatro anos. Caso Viana conclua seu novo mandato, que vai até 2019, o partido completará 20 anos no poder. Os outros governadores petistas no período foram o irmão de Tião, Jorge Viana (1999-2007), e Binho Marques (2007-2011). O rival do governador neste segundo turno foi Márcio Bittar (PSDB), que no primeiro turno surpreendeu e superou os votos do candidato do DEM, Tião Bocalom, com quem teve uma disputa acirrada nas pesquisas de opinião. Após a derrota, Bocalom confirmou seu apoio a Bittar. O petista Tião Viana contou não apenas com os eleitores de Dilma Rousseff (PT), para quem declarou apoio nas eleições presidenciais, mas de boa parte do eleitorado de Marina Silva (PSB), sua amiga pessoal. Tião manteve a liderança nas pesquisas durante toda a campanha.
Carreira política
Com formação em medicina, Sebastião Afonso Viana Macedo Neves - nome completo do governador - é filho de Wildy Viana e sobrinho de Joaquim Macedo, ambos políticos importantes do Acre que ocuparam cargos no Executivo e no Legislativo.
Tião foi eleito senador duas vezes, para as legislaturas de 1999-2005 e 2006-2011. Renunciou ao Senado em 2010 para disputar o governo do Estado pela primeira vez. Naquele ano, ele se elegeu no primeiro turno em uma disputa apertada contra Tião Bocalom, com uma diferença de apenas 1,33 pontos percentuais.
No início deste ano, envolveu-se em uma polêmica com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por conta do envio de imigrantes haitianos que chegaram ao Acre para o Sudeste. "O primeiro andar de São Paulo não gosta do povo", disse o petista em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.