17 de setembro de 2024
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Político diz que polícia 'acertou' em operação que terminou com deputado paraguaio morto

Ele também considerou um erro o fato de a polícia não ter filmado a operação

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O deputado Rubén Rubin (Hagamos) afirmou estar satisfeito com as explicações e evidências apresentadas pelas autoridades do governo sobre a operação que resultou na morte do deputado cartista Eulalio "Lalo" Gomes, em Pedro Juan Caballero, município paraguaio na fronteira com Ponta Porã. Segundo Rubin, "nos mostraram provas contundentes", e ele reafirmou seu apoio ao ministro do Interior, Enrique Riera; ao comandante da Polícia, comissário Carlos Benítez; e ao procurador-geral do Estado, Emiliano Rolón.

De acordo com o jornal paraguaio ABC Color, em uma sessão reservada realizada nesta 4ª feira (21.ago.24)na Câmara dos Senadores, o ministro do Interior, Enrique Riera; o comandante da Polícia, comissário Carlos Benítez; e o procurador-geral do Estado, Emiliano Rolón, foram convidados a esclarecer as circunstâncias que levaram à morte do deputado cartista Eulalio "Lalo" Gomes durante uma operação conjunta da polícia e do Ministério Público.

"Nos mostraram provas contundentes que imagino serão tornadas públicas em breve, e já transmiti no plenário meu total apoio, independentemente de quem esteja envolvido, seja deputado, ministro, senador ou presidente da República; se fizer parte do crime organizado, deve ser punido", declarou o deputado Rubén Rubin após o encontro.

Rubin também mencionou que ficou satisfeito e surpreso com as explicações e evidências apresentadas pelas autoridades. "Fiquei satisfeito e surpreso, não era o que eu esperava, pois no início todos estávamos surpresos, já que o ministro e o comandante disseram que não sabiam de nada. Não estava satisfeito com essas declarações, mas hoje saio desta sessão reservada bastante satisfeito", destacou.

Sobre as provas que teve acesso, Rubin afirmou: "O que me deixou tranquilo foi a reconstituição dos fatos que nos mostraram, muito clara, com evidências muito claras, e também as provas da investigação, que não quero adiantar, mas ficou claro quem é quem nesse caso."

No entanto, Rubin ressaltou que essas evidências não demonstram que o deputado cartista "Lalo" Gomes tenha sido o primeiro a disparar, resultando na reação dos agentes. Segundo ele, essa informação é sustentada apenas pelos testemunhos dos envolvidos e das autoridades.

Rubin também considerou um "erro" o fato de a Polícia não ter filmado a operação. Ele pediu às autoridades que, em futuros casos envolvendo narcotraficantes, as operações sejam gravadas para evitar "suposições" em casos semelhantes.

Além disso, Rubin reafirmou seu apoio ao ministro do Interior, ao comandante da Polícia e ao procurador-geral do Estado, cujas demissões haviam sido solicitadas por seus colegas por meio de um projeto de declaração. "Haverá uma pressão política muito forte e eles precisam do apoio da cidadania e da classe política. Não acredito que este seja o último caso similar a este", declarou.

De acordo com o relatório oficial da Polícia, "Lalo" Gomes morreu após um tiroteio que teria começado durante a operação policial em sua residência, localizada no bairro General Díaz, em Pedro Juan Caballero.