O bilionário de extrema direita Elon Musk faz sua investida contra o judiciário brasileiro para demonstrar poder. O Brasil, porém, não é a primeiro alvo dos desmandos do bilionário que se acha acima da lei, sob o falso discurso de “perseguição a liberdade”.
O premiê australiano Anthony Albanese chamou Musk de “bilionário arrogante” após a rede social X não remover imagens de um ataque em Sydney, desafiando uma ordem judicial. A disputa na Austrália ilustra um padrão de conflitos de Musk com governos e entidades reguladoras.
Na União Europeia, a rede social X está sendo investigada por não controlar conteúdo terrorista e discurso de ódio – que passaram a ser canal oficial de terroristas. A empresa foi acusada de violar regras de transparência e sofreu críticas pela suspensão de contas de jornalistas, levando a UE a considerar sanções.
Musk também gerou controvérsia ao sugerir um “plano de paz” para a guerra Rússia-Ucrânia no Twitter, o que provocou a indignação do governo ucraniano. A proposta incluía a realização de novas eleições e a neutralidade da Ucrânia, além de reconhecer a Crimeia como parte da Rússia.
Nos EUA, Musk entrou em conflito com Delaware após uma juíza do estado anular um pacote salarial de US$ 56 bilhões para ele, alegando que era excessivo. Musk respondeu desencorajando empresas a se registrar em Delaware, um estado conhecido por ser sede de muitas corporações.
Na Bolívia, Musk atacou em 2020 ao reagir a uma crítica sobre a suposta intervenção dos EUA no país para garantir acesso ao lítio, usando a rede social para afirmar: “Nós daremos golpe em quem quisermos.”
Esses episódios destacam o comportamento padrão de Musk, que mira atacar autoridades ao redor do mundo.
A nível mundial, o bilionário é uma espécie de fantoche da extrema direita utilizado para criar fricções. Países em que ele não ousa bater o pé, é nos EUA e no Canadá, onde estão servidores multimilionários de suas empresas de tecnologia, lá o cará é um ‘gatinho’, enquanto em outras democracias pousa de leão.