07 de setembro de 2024
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GUERRA | INTERNACIONAL

Irmã de ditador da Coreia do Norte promete destruir armas que EUA enviar à Ucrânia

Ela deixou claro que a Coreia do Norte sempre 'ficará na mesma trincheira' com a Rússia

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A irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo Jong, fez um pronunciamento na TV do País dizendo que quaisquer armas que os EUA enviar à Ucrânia para ajudá-los na guerra contra a Rússia, será motivo para entrada da Coreia do Norte no conflito armado.  

Kim Jong chamou a invasão russa de uma "guerra por procuração" e defendeu a ação militar do autocrata russo Vladimir Putin

A Coreia do Norte também atribuiu a culpa pela guerra na Ucrânia aos Estados Unidos, dizendo que a "política hegemônica" do Ocidente tornou necessário que a Rússia tomasse medidas militares para garantir a segurança.

Jong afirmou que o governo de Joe Biden enviando tanques de batalha principais para a Ucrânia estava "cruzando ainda mais a linha vermelha".

Ela seguiu dizendo que a decisão faz parte de uma “intenção sinistra de realizar seu objetivo hegemônico, expandindo ainda mais a guerra por procuração para destruir a Rússia”.

Ela defendeu na TV: “Os EUA são o arquicriminoso que representa uma séria ameaça e desafio para a segurança estratégica da Rússia e empurra a situação regional para a atual fase grave”.

A irmã do líder norte-coreano continuou: “Não duvido que qualquer equipamento militar de que os EUA e o Ocidente se enviem serão destruídos diante do espírito de luta indomável e do poder do heróico exército e povo russos”.

Ela também deixou claro que a Coreia do Norte sempre “ficará na mesma trincheira” com a Rússia.

Ao mesmo tempo em que a guerra na Ucrânia se intensifica, a Coreia do Norte parece ter usado a distração para acelerar o desenvolvimento de suas próprias armas, testando mais de 70 mísseis apenas em 2022, incluindo armas potencialmente com capacidade nuclear que se acredita serem capazes de atingir a Coreia do Sul e o continente americano.

Os Estados Unidos acusaram a Coreia do Norte de enviar grandes suprimentos de projéteis de artilharia e outras munições para a Rússia para apoiar sua ofensiva na Ucrânia, embora o Norte tenha repetidamente negado a alegação.

Kim Yo Jong fez a declaração logo após, o presidente dos EUA, Joe Biden, dizer na 4ª.feira (25.jan.23) que os Estados Unidos enviarão 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia. Isso reverteu meses de argumentos de Washington de que eles eram muito difíceis para as tropas ucranianas operarem e manterem.

A decisão dos EUA seguiu o acordo da Alemanha para enviar 14 tanques Leopard 2 A6 de seus próprios estoques.

A Coreia do Norte é a única nação além da Rússia e da Síria a reconhecer a independência de Donetsk e Luhansk, duas regiões separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia, e também sugeriu planos de enviar trabalhadores para lá para ajudar nos esforços de reconstrução.