O ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação) divulgou nesse domingo, documentos que denunciam irregularidades que a filial suíça do banco HSBC mantinha com alguns de seus clientes.
A investigação batizada “Swissleaks” revela arquivos fornecidos pelo ex-funcionário do HSBC em Genebra, Hervé Falciani ao jornal francês Le Monde que foi compartilhado com o ICIJ e com jornalistas de mais de 40 países.
Cerca de 60 mil fichas foram analisadas pelos jornalistas, e algumas forneciam detalhes explícitos de que o banco tinha conhecimentos de práticas ilícitas de alguns clientes. Entre eles estão realezas, políticos, figuras públicas, celebridades e líderes de negócio em mais de 200 países.
Os dados relevam que o private bank do HSBC na Suíça:
1) rotineiramente permitia aos clientes retirarem maços de dinheiro em espécie, frequentemente em moedas estrangeiras sem uso na Suíça.
2) comercializava serviços para que clientes milionários evitassem impostos;
3) ajudava alguns clientes a dissimularem contas não declaradas (caixa 2);
4) fornecia contas bancárias para criminosos internacionais, homens de negócios corruptos e indivíduos considerados de alto risco.
Segundo ICIJ, após saber da investigação o banco HSBC reconheceu que foi responsável por falhas de conformidade e controle no passado.
Apesar de expor estes documentos, o consórcio de jornalistas afirma que não pretende "sugerir ou presumir que quaisquer pessoas, empresas ou entidades mencionadas nos dados da informação revelada tenham violado a lei ou tenha tido outro tipo de conduta imprópria".