O início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) tem sido conturbado e os escândalos de corrupção aliados ao aumento de impostos fizeram com que 62% dos brasileiros considerassem o governo de Dilma ruim ou péssimo. Este é a pior avaliação de um mandatário desde setembro de 1992, véspera do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
Os dados são do instituto Datafolha, que realizou, segunda e terça-feira, pesquisa com 2842 eleitores. Os números mostram que a reprovação a Dilma subiu 18 pontos na desde fevereiro.
Se a rejeição aumentou, por outro lado, a aprovação, caiu, e atingiu o ponto mais baixo desde o início de seu primeiro mandato. Apenas 13% dos entrevistas consideraram governo Dilma bom ou ótimo.
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Das cinco regiões brasileiras, o Centro-oeste é a região que mais rejeita Dilma Rousseff. Segundo Datafolha, 75% dos eleitores da região considerem governo da petista ruim ou péssimo. Já na região Sudeste, 66% reprovam governo Dilma. No Sul, são 64% de eleitores que consideram governo ruim ou péssimo, no Norte o percentual de rejeição é de 51%.
A surpresa ficou por conta do Nordeste, tradicional reduto petista, o índice de rejeição cresceu e atingiu 55%, e a aprovação ao governo caiu de 29% para 16%.
Nas pesquisas de avaliação de governo, o Datafolha costuma pedir para os entrevistados atribuírem uma nota de 0 a 10 ao mandatário objeto do levantamento.
A atual nota média de Dilma é 3,7, também a pior desde sua chegada à Presidência, em 2011. Em fevereiro a nota média era 4,8. No primeiro mandato, a pior média apurada foi 5,6, em pesquisas feitas em junho e julho de 2014.
Congresso Nacional
Se os números de Dilma não não bons, os do Congresso Nacional também deixam a desejar. Conforme pesquisa do Datafolha, apenas 9% dos entrevistados consideram ótimo ou bom o desempenho dos deputados e senadores.
Para metade da população (50%), a atuação dos congressistas é ruim ou péssima. Os números, provavelmente, são reflexos dos resultados das investigações da Lava Jato. Tanto Renan quanto Cunha estão na lista de políticos que serão investigados pela Procuradoria Geral da República.
A pesquisa foi realizada em 172 municípios e a margem de erro é dois pontos para mais ou para menos.
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