Titulado Copa das Aldeias, um campeonato de Free Fire reúne 192 equipes, num total de 960 gamers com guildas exclusivamente de comunidades indígenas no dia 31 de março.
A organização é do caster e streamer Igor “Cai Por Terra” que emplaca a 4ª edição do evento.
Os cinco primeiros colocados levarão prêmio de R$ 2 mil e o Most Valuable Player (MVP) da competição.
Há cerca de 70 gamers de MS na competição, eles estão divididos em 14 equipes em diferentes guildas.
São elas:
- Guilda:Ryze United | Etnia: Terena/ Kaiowà
- Guilda: AK Líderes | Etnia: Guaraní
- Guilda: Tape Porã FF | Etnia: Kaiowá
- Guilda: Vander | Etnia: Kaiowã/ Guarani
- Guilda: Chacais | Etnia: GuaranÍ Kaiowá
- Guilda: Nhande Jara Jeporavo | Etnia: Kaiowá
- Guilda: Gunshot | Etnia: Guarani/ Terena
- Guilda: DMC SPORTS | Etnia: Guarani/ Kaiowá
- Guilda AS SENPAIxk | Etnia Terena
- Guilda: DESERTORES | Etnia: Guaraní
- Guilda: TR4-SPORTS | Etnia: Guarani
- Guilda: Headshots elite | Etinia: Guarani nhandeva
- Guilda INSANITY E-SPORTS | Etnia Guarani kaiowa
- Guilda Titans | Etnias Guarani/kaiowa/ Xavantes
SUPERAÇÃO
Os jogos eletrônicos estão ganhando espaço nas comunidades indígenas e têm mobilizado diferentes etnias Brasil afora.
Superando barreiras tecnológicas, com poucos recursos físicos e conexão de internet, muitas vezes, precária, os jovens mostram que não há obstáculos para o talento e todos estão aptos para uma boa partida.
O Free Fire é um dos principais jogos dentro das comunidades indígenas, que já organizavam competições entre eles, com transmissão ao vivo e narrador. E foi num desses eventos que Igor “Cai Por Terra” conheceu a “tropinha” indígena e viu um grande potencial nesses jogadores.
E não foram só os jovens que se motivaram com os games. Os anciãos das comunidades foram conquistados pelo Free Fire e a Copa das Aldeias permitiu que eles conhecessem etnias que nunca tinham tido contato anteriormente.
Cada partida reúne jovens e adultos em frente a uma tela para torcer por seus jogadores, conectando as gerações, entre as tradições indígenas e tecnologia, criando algo muito maior e melhor.
Os desafios vividos por esses jovens gamers nas comunidades indígenas começam com o preconceito e a dificuldade de acesso às tecnologias. A maioria não consegue comprar smartphones ou computadores e consoles de última geração, por isso, jogos como o Free Fire estão colaborando para popularizar os esportes em todos os públicos.
Segundo Igor, a Copa das Aldeias estimula os games nas comunidades indígenas, como um meio para trazer mais alegria e esperança. Além, é claro, de dar visibilidade para a essa população diante de todo o empenho desses jovens para jogar, que andam, muitas vezes, vários quilômetros para conseguirem uma conexão de internet boa.
‘Cai Por Terra’ relatou que além dos estudos, todos os jogadores indígenas têm suas próprias tarefas em suas comunidades, por isso os horários de treino são flexíveis e acontecem entre as próprias equipes. “A Copa das Aldeias transborda o competitivo fomentando a união, a colaboração e a confraternização entre os povos.”, explicou.
O campeonato terá transmissão é feita, com exclusividade, pela Nimo TV, no canal www.nimo.tv/copadasaldeias.