A balança comercial brasileira registrou um superávit recorde no primeiro bimestre, graças ao forte aumento das exportações para os países asiáticos, especialmente para a China, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
De acordo com a Secex, houve um superávit de US$ 11,94 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, o maior para o período de toda a série histórica iniciada em 1997.
Até agora, a cifra mais alta registrada para o período tinha sido um saldo positivo de US$ 6,72 bilhões em 2016.
As exportações registraram um aumento de 17,4% no primeiro bimestre, alcançando US$ 50,51 bilhões, enquanto as importações totais somaram US$ 38,56 bilhões, um aumento de 1%.
Segundo o relatório, os destaques foram as vendas de produtos brasileiros para a China, que aumentou suas compras em 46,6% nos dois primeiros meses, totalizando US$ 14,93 bilhões.
As exportações para a União Europeia apresentaram uma queda de 6,2% no período, totalizando US$ 6,1 bilhões, enquanto as exportações para os Estados Unidos cresceram 19,4%, chegando a US$ 6,12 bilhões.
Com relação à Argentina, principal parceiro do Brasil no Mercosul, houve uma forte queda de 28% nas exportações, ficando em US$ 1,71 bilhão.
As importações procedentes da China apresentaram um aumento de 15,6% nos dois primeiros meses do ano, totalizando US$ 9,75 bilhões.
Por sua vez, as importações da União Europeia caíram 2,8%, para US$ 7,41 bilhões, enquanto as importações dos Estados Unidos registraram uma leve redução de 0,2%, ficando em US$ 5,98 bilhões.
Já as importações procedentes da Argentina sofreram uma redução de 14,3%, alcançando US$ 1,51 bilhão.
Em fevereiro, o superávit comercial brasileiro foi de US$ 5,45 bilhões, um aumento de 111,8% em comparação com fevereiro do ano passado, sendo, também, o maior saldo da série histórica para este mês.
As exportações totalizaram US$ 23,5 bilhões em fevereiro, um aumento anual de 16,3%, enquanto as importações alcançaram US$ 18,1 bilhões, um crescimento de 2,4% na comparação anual.