O Polícia Militar Allison Tomazelli Barbosa, de 27 anos, foi preso em flagrante após chutar a irmã, de 19 anos, de um barranco de 2 metros de altura e tentar matá-la afogada no Rio Miranda, em Guia Lopes da Laguna (MS), em 22 de janeiro. Ele estava a passeio em Mato Grosso do Sul e acabou preso no sábado (22) e em 24 de janeiro teve a prisão convertida em preventiva.
Conforme as informações do Boletim de Ocorrência, o policial militar estava no Passo do Touro, local às margens do rio Miranda quando por motivos ainda não esclarecidos iniciou agressões contra a irmã
O policial foi acusado de retirar a irmã de um carro e a agredir com tapas e empurrões. A luta corporal entre os irmãos continuou até Tomazelli chutar a irmã, que caiu de um barranco de mais de 2 metros.
Uma testemunha disse à Polícia Militar que a jovem desmaiou assim que caiu do barranco. Mesmo desmaiada o suspeito pulou na margem do rio e continuou a agredir a vítima com tapas no rosto. O policial teria dito que a irmã "estaria fingindo" foi quando começou a afogá-la várias vezes.
Outras duas pessoas tentaram impedir as agressões, mas acabaram sendo agredidas também.
Diante da situação, uma outra testemunha teria acionado os Bombeiros e a Polícia Militar. A vítima foi levada para um hospital em Guia Lopes da Laguna com escoriações e luxações por todo o corpo.
Preso, Tomazelli foi proibido de se aproximar da irmã e das testemunhas.
A Polícia Militar de Roraima informou por meio de nota "que recebeu cópia do Auto de Prisão em Flagrante do militar, que foi preso no estado do Mato Grosso do Sul. Informou ainda que encaminhará o referido documento à Corregedoria da Polícia Militar de Roraima para fins de instauração de Processo Administrativo Disciplinar, garantindo-lhe ampla defesa e contraditório".
OUTRO CASO DE VIOLÊNCIA ENVOLVENDO O PM
Tomazelli foi vítima de tentativa de homicídio em setembro de 2021. Ele acabou baleado nos testículos por uma colega de farda de 28 anos.
Ele disse que foi atingido nos testículos após negar sexo oral oferecido pela mulher. A militar alegou que foi atacada por ele e não lembra se a arma dela disparou ou se foi a do policial.
No depoimento da vítima à Corregedoria, obtido pela Rede Amazônica, o militar informou que os dois se conheceram no dia do crime, quando tiraram serviço juntos na Balsa do Passarão e no fim do expediente, saíram para beber com um casal de amigos.
Os dois policiais e o casal se encontraram em uma tabacaria na avenida Mario Homem de Melo e depois, seguiram para um quiosque na Praça do Cambará, na zona Oeste, onde o PM disse que "deu um tempo" na bebida e começou a ingerir energético.
O policial relatou que, na mesa ao lado tinham algumas moças e ele passou o número de celular para elas em um pedaço de papel, o que teria irritado a colega.
Por conta disso, segundo o policial, a colega jogou um copo de cerveja no peito dele e após isso, ele decidiu pagar a conta e ir até o carro para deixar a militar na casa dela.
No meio do caminho, o policial relata que a colega colocou a mão na virilha dele e depois, baixou a bermuda que ele estava vestindo, insinuando que queria fazer sexo oral. Nesse momento, o PM afirma que interrompeu a mulher e disse que era "melhor não misturar as coisas" e que os dois não iriam ficar juntos.
Depois da negativa, o policial disse que a colega sacou uma arma e, com o carro ainda em movimento, apontou para a região da virilha dele e efetuou um disparo, que falhou. Por conta disso, pensou que se tratava de uma brincadeira dela.
Logo após, ele conta que pediu para a policial "parar com essa brincadeira sem graça", momento em que a mulher apontou a arma novamente para a virilha dele, e desta vez, disparou nos testículos.