Nesta 2ª-feira (21.set.2020), o Sinergia-MS avisa que realizará protestos e os eletricitários vão parar as atividades por duas horas em Mato Grosso do Sul. Segundo os manifestantes, o ato é contra a falta de respeito e transparência da Energy, empresa que presta serviços para a Energisa de MS.
Os atos começaram às 7h, em Ponta Porã e Naviraí, cidades onde a terceirizada atua no Estado.
Segundo os representantes dos trabalhadores, desde julho o sindicato tenta fazer um acordo coletivo de trabalho com a empresa, com sede em Maceió (AL). Foi realizada uma reunião com os representantes da Energy e a minuta do acordo foi enviada para a empresa.
"Eles responderam essa minuta bem aquém daquilo que a categoria espera. Na última quarta-feira, estava marcada uma nova reunião via zoom com a diretoria da empresa para conversar a respeito do acordo coletivo e simplesmente eles não apareceram e não deram satisfação", explicou o diretor do Sinergia-MS, Francisco Ferreira.
Para o sindicato, a ausência de diálogo demonstra a falta de respeito da empresa com a categoria e com os dirigentes sindicais. Cerca de 80 funcionários seguem trabalhando sem acordo há 90 dias.
"Os trabalhadores estão insatisfeitos, estão sem a produção do STC [corte e religação], não recebem holerite para saber se estão recebendo hora extra, a empresa atrasa salário, o ticket está abaixo da média. Todas as condições de trabalho estão abaixo das que são praticadas pelas prestadoras do nosso estado", esclarece Francisco.
O objetivo do protesto é chamar a atenção da empresa e retomar as negociações. "O sindicato quer negociar, buscar melhores condições de trabalho para esses eletricitários terceirizados. A empresa precisa respeitar os trabalhadores e a entidade sindical", acrescenta o diretor do Sinergia-MS.
A Energy é contratada pela Energisa/MS para executar serviços de construção e manutenção de redes e linhas elétricas e serviços técnico-comerciais (STC).
Nota retorno da empresa Energisa
A Energisa afirma que a paralisação não comprometeu o atendimento realizado aos clientes pela concessionária, pois acionou seu plano de contingência para continuidade dos serviços. A Energisa explica ainda que por se tratar de uma empresa terceirizada, as negociações acontecem de forma independente.