06 de julho de 2024
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DESASTRE AMBIENTAL À VISTA

Sem mata ciliar, obras despejam areia da Capital no Rio Botas

Reportagem da revista 'A Foto' revela origem do problema de drenagem no Bairro Nova Lima; erosão e acúmulo de lixo comprometem inclusive o funcionamento de usina hidrelétrica

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A edição 'Mar de Areia', da revista A Foto, publicada nesta 3ª.feira (2.jul.24), revela que às margens do Rio Botas, em Campo Grande (MS), um vasto areeiro se formou.

Com a derrubada de áreas ciliares, a terra que desce de bairros interrompe a drenagem da água das chuvas no Bairro Nova Lima e entope bocas de lobo.  

Ao repórter Marcos Maluf, moradores e especialistas alertam para as consequências dessa degradação ambiental.  "Ao visitar a ponte que conecta ao Rio Botas, vital para o escoamento das águas, notou-se um fluxo aquém do esperado. A erosão se tornou evidente, com paredões de areia e falta de mata ciliar ao longo das margens", diz o repórter.  

A reportagem da 'A Foto' esteve na Fazenda Santa Isabel, que abriga uma usina hidrelétrica, onde o gerente João Souza expressou preocupação com a queda na produção de energia devido ao acúmulo de areia no rio, que está sendo assoreado. No local, a extração diária de toneladas de areia é feita para evitar o entupimento dos canais da usina, mas também revela outro problema: o lixo urbano que chega junto com as águas pluviais, incluindo até descobertas macabras como cadáveres.

Enquanto isso, no Bairro Nova Lima, obras de infraestrutura prometidas há anos sofrem com atrasos e incompletudes. As poucas ruas asfaltadas acumulam areia e os bueiros existentes estão frequentemente entupidos, causando inundações recorrentes e transtornos para os moradores.

O engenheiro Antônio Carlos alertou que a limpeza regular de reservatórios é fundamental para evitar o despejo de sedimentos nos rios e o rompimento das estruturas em caso de enchentes.

Assista a íntegra da reportagem abaixo: 

Acesse o texto original no site da Revista A Foto.