07 de setembro de 2024
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NACIONAL | RACISMO (SG-RJ)

Sargento da Marinha mata o vizinho por ele ser negro; vídeo

Durval levou diversos tiros ao tirar a chaves de casa da mochila

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O sargento da Marinha do Brasil, Aurélio Alves Bezerra, de 41 anos,  matou a tiros o próprio vizinho, Durval Teófilo Filho, de 38 anos. O sargento disse que confundiu Durval com um bandido na noite desta quarta-feira (2.fev.22), em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Imagens de câmeras de segurança registram o momento em que Durval, que é um homem negro, caminhava em direção ao condomínio onde morava quando foi por disparos que partiram de um veículo estacionado, onde estava o sargento.

A vítima foi alvejada quando tirou a chave da mochila para abrir o portão da casa. Após receber o primeiro tiro, Durval caiu no chão ainda com vida, gesticulando para tentar se proteger, mas recebeu diversos disparos. O vizinho chegou a apoiar a arma sobre o teto do veículo para efetuar mais disparos, mas cessou.  

Os dois moravam no mesmo condomínio de casas no bairro Colubandê. Durval chegava do trabalho, quando foi assassinado

Após dar os tiros, o militar se aproximou de Durval. Então, decidiu levá-lo para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde a vítima morreu pouco depois de dar entrada. Veja o vídeo: 

Clique AQUI para compartilhar o vídeo.  

VERSÃO 

Em nota, a Polícia Civil informou que agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) prenderam o militar em flagrante nesta quinta-feira (3.fev). De acordo com a polícia, o autor do crime foi indiciado por homicídio culposo e permanece preso.

Segundo declaração de Bezerra, ele atirou na vítima em reação a uma suposta tentativa de assalto, enquanto a mesma caminhava e mexia em sua mochila. "Ao constatar seu erro, o acusado prestou imediato socorro a Durval, levou para um hospital, mas ele não resistiu". 

RACISMO 

Um tio da vítima, identificado como Jorge Luiz, pediu justiça pelo crime e classificou o caso de racismo ao chegar para liberar o corpo no Instituto Médico Legal de São Gonçalo.  "O Durval botou a mão na mochila para pegar a chave e abrir o portão da casa dele. Isso é racismo. Porque acham que o cara negro não pode morar em certo tipo de lugar. Que ele pague pelo que fez."

O Comando em Chefe da Esquadra, responsável pelo caso, ainda não se manifestou.