Na 5ª-feira (15.out.2020), a Energisa voltou a relacionar os preços altos praticados em MS ao calor. No entanto, no tópico ‘composição de consumo’ que é obrigatório constar em toda conta de energia, leitores do site notam há meses que cerca de 40% dos valores cobrados pela empresa são de ‘Impostos, Direitos e Encargos’ – na prática, dinheiro cobrado do consumidor para ser entregue ao Estado. Com isso, novamente, os consumidores dizem ser os 'castigados'.
A Energisa diz que o sul-mato-grossense teve aumento de 25% no consumo de energia elétrica no mês de setembro. A empresa disse que houve um recorde de consumo diário em 2 de outubro, e devido a esses fatores o valor da energia saltou no estado.
O MS Notícias fez avaliação em contas de energia de um imóvel com um quarto, uma cozinha, sala e banheiro em MS, ocupado por apenas 2 pessoas. Desde janeiro, as contas no imóvel nunca vieram abaixo dos R$ 600. O casal é morador de Campo Grande e pediu para não a identidade revelada. A reportagem apurou que grande parte dos reclamantes nem possuem ar-condicionado em suas residências.
A Energisa é a empresa com a oitava tarifa mais cara do País num universo de 53 concessionárias do serviço público de distribuição de energia, esse dado é da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). (Eis a íntegra do Raking nacional).
Em janeiro de 2020 a Energisa emitiu contas com 49,18% de impostos, encargos e serviços em MS. O consumidores pagam a média de 40% do valor da energia em impostos. Na prática é como se cada cidadão pagasse duas vezes por seu consumo mensal.
A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) reforçou a importância de cuidados na utilização da energia. Segundo a Agepan o calor excessivo, a falta de chuva e o uso intenso de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos influenciam em uma conta de luz mais caras. Apesar da justificativa, por mais que o consumidor economize, ainda, metade do valor cobrado será de imposto e não pelo serviço recebido.