Os estudantes da Reserva Indígena de Dourados estão assistindo aulas debaixo de uma árvore devido a falta de escolas e o MPF (Ministério Público Federal) ajuizou ação cível para garantir a implantação de salas de aula na Reserva.

De acordo com o Dourados Agora, mais de 800 crianças estão fora da escola por falta de estrutura, nas aldeias. Segundo o presidente do Observatório dos Direitos Indígena, o advogado Wilson Matos, a ação do MPF cobra a construção de novas salas de aula. Ele diz que a comunidade deu um prazo até 3 de novembro para buscar um acordo. Eles também denunciam o estado de conservação das estradas e a desvalorização dos professores.

A Comissão Indígena de Professores deixou claro que a medida é tomada após muitas tentativas frustradas de negociação com o poder publico.

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Fernando de Souza, venceu em 2012 um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em que a Prefeitura de Dourados teria que construir cinco novas salas de aula. Em 2013 e 2014 nada avançou e as lideranças indígenas decidiram que não vão mais dialogar. “Agora o caminho será a Justiça porque é inadmissível que crianças sejam tratadas como estão nas escolas públicas”, destaca.

Dany Nascimento