Uma pesquisa global da Ipsos, encomendada pela Gi Group Holding, revela que as prioridades dos trabalhadores brasileiros estão mudando rapidamente. O estudo aponta que treinamento contínuo e equilíbrio entre vida e trabalho são cada vez mais valorizados.
Entre os brasileiros, 80% consideram programas de capacitação essenciais para a satisfação no trabalho. “O Brasil está em segundo lugar na importância atribuída ao treinamento, atrás apenas da Índia”, destaca Milena Pacheco, gerente da Tack TMI.
O dado é alto se comparado com países como Itália (59%) e Reino Unido (58%). A pesquisa entrevistou 3.300 profissionais com ensino superior, entre 24 e 40 anos, em 12 países.
“Além de atrair e reter talentos, oferecer treinamento contínuo lapida profissionais já presentes na organização”, explica Milena. Segundo ela, formar profissionais internamente é muitas vezes mais econômico do que trazer novos do mercado.
O equilíbrio entre vida pessoal e trabalho se destaca como o principal fator de satisfação, com uma concordância média de 81%. Embora o salário continue importante, a pesquisa aponta que ele não é mais o único fator decisivo.
“Um bom salário é atraente, mas recrutadores devem perceber que não é o único aspecto que atrai profissionais”, defende Milena. No Brasil, 85% dos entrevistados concordam que um bom salário ainda é fundamental.
A pesquisa indica que, após a pandemia, os trabalhadores valorizam mais segurança e estabilidade, além de uma atuação mais especializada. “É essencial que as organizações invistam em autoconhecimento e realinhamentos entre os valores dos colaboradores e da empresa”, conclui Milena.
