22 de setembro de 2024
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CORONAVÍRUS

MS tem o maior número de casos novos desde dezembro e vê situação piorar

Secretário de Saúde disse que, diante de aumento de positivos, MS vê um aumento preocupante na situação da pandemia

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Apesar de não muito popular, "recrudescimento" foi o termo usado pelo secretário estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, nesta 4ª feira (19.mai.2021) para falar sobre o estado da pandemia em MS. De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado hoje, uma alta no número de novos casos foi registrada, com quase dois mil novos exames positivos nas últimas 24 horas.

Dados apontam que esse aumento, de 1.896 novos casos registrados, elevou a média móvel para o número acumulado mais alto dos últimos 21 dias. Segundo o secretário,  tem ocorrido uma evolução de casos desde o dia 05 de maio. Esse também é o maior número de infectados registrado desde 16 de dezembro de 2020, quando a secretaria estadual de Saúde (SES) apontou 1.981 contaminados com o coronavírus no boletim epidemiológico da doença. 

Pelo dicionário, recrudescer significa aumentar ou reaparecer com sintomas mais fortes e preocupantes. “Isto nos diz que é preciso continuar solicitando a cooperação das pessoas e das autoridades. Temos um recrudescimento da Covid -19, fruto das aglomerações, inclusive do Dia das Mães”, disse.

Geraldo Resende deixa frisado à população que a doença ainda não passou e também, não descarta a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19, em junho e julho, de acordo com os epidemiologistas.

Ainda, fora a clara subnotificação diante do baixo número de testes realizados, existem 5.947 casos sem encerramento nos municípios e 1.548 exames em análise no Lacen e parceiros em Mato Grosso do Sul.

Dados levantados pela Agência CNN apontam que, no geral, o Brasil faz cerca de 5 vezes menos testes que EUA e 12,5 vezes menos que o Reino Unido. Respectivamente, esses países vacinaram 47,3% e 53,2% da população, enquanto aqui, a primeira dose foi aplicada em apenas 18,4% dos brasileiros.

NÚMEROS DE MS

Em boletim, a Secretaria de Estado de Saúde aponta que, a Capital segue muito à frente dos cinco municípios que mais apresentaram novos casos. Foram 295 em Campo Grande; mais 158 em Dourados; Três Lagoas + 133; Ponta Porã + 108 e Rio Brilhante +69.

Trinta óbitos foram registrados em 17 municípios, que elevou o acumulado em Mato Grosso do Sul para 6.310 mortes, dessas sendo, 8 vidas perdidas em Campo Grande; 3 em Corumbá, Rio Brilhante e Três Lagoas.

Demais cidades tiveram um óbito em cada: Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Cassilândia, Dourados, Fátima do Sul, Inocência, Maracaju, Naviraí, Ponta Porã, Porto Murtinho, Sete Quedas e Vicentina.

Quanto à taxa de ocupação de leitos de UTI do SUS, Resende revelou que, na macrorregião de Campo Grande e Corumbá a situação já chegou em 100% e que em Dourados, com 95% e em Três Lagoas, com 97% se aproxima também desse total.

Também Christine Maymone, que é secretária adjunta da SES, deu um recado importante para quem já se vacinou, dizendo que o momento é de solidariedade. Segundo ela, não é o momento para retirar a máscara nem relaxar nas medidas de higiene. “Mesmo quem já está vacinado é necessário continuar se protegendo”, pontuou.