22 de setembro de 2024
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SAÚDE

Fiocruz anuncia aumento na internação de idosos com Covid

Os estados mais afetados por esse aumento incluem Amazonas, São Paulo e alguns estados do Nordeste.

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O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (2), revela um aumento nas hospitalizações de idosos por síndrome respiratória aguda (Srag) causada pelo vírus da Covid-19. Os estados mais afetados por esse aumento incluem Amazonas, São Paulo e alguns estados do Nordeste.

Apesar desse cenário, o boletim destaca que as internações por Covid-19 ainda permanecem em níveis baixos em comparação com o histórico de circulação do vírus. O boletim também indica um aumento de Srag em idosos causado pelo vírus da gripe, influenza A, em algumas regiões do Sul e Sudeste. Embora o vírus da Covid-19 tenha uma maior incidência em crianças pequenas, a mortalidade é maior entre pessoas com mais de 65 anos. O Sars-CoV-2 é a segunda maior causa de óbito por Srag nessa faixa etária, ficando atrás apenas do vírus da gripe.

No que diz respeito ao vírus sincicial respiratório (VSR), as internações em crianças de até dois anos estabilizaram ou diminuíram em várias regiões do país. No entanto, o boletim aponta um aumento de internações em Santa Catarina e Roraima. O VSR continua sendo a principal causa de internação e óbitos em crianças até dois anos de idade. Na Bahia e no Piauí, o crescimento de casos de Srag é atribuído ao rinovírus em crianças e adolescentes.

O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa que se manifesta principalmente por tosse e falta de ar. Embora os casos geralmente sejam leves, podem levar a internações hospitalares. De acordo com o boletim, tanto a curto quanto a longo prazo, há uma tendência de queda nas internações por Srag no cenário nacional. No entanto, três das 27 unidades federativas apresentam um crescimento de Srag na tendência de longo prazo: Bahia, Piauí e Roraima.

Em 2024, foram notificados 104.734 casos de Srag, dos quais 51.108 (48,8%) foram positivos, 40.247 (38,4%) negativos e 7.555 (7,2%) estão aguardando resultado laboratorial. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de Influenza A (21,9%), Influenza B (1,1%), VSR (33,1%) e Sars-CoV-2 (11,7%). Quanto aos óbitos por Srag, a prevalência foi de Influenza A (38,6%), Covid-19 (27,8%), VSR (13,3%) e Influenza B (1,7%).