26 de dezembro de 2024
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Empresa do buraco fantasma 'dá calote' em trabalhadores e não paga rescisão contratual

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Conhecida pelo episódio do "buraco-fantasma", a Selco Engenharia é alvo de novas denúncias. A equipe do MS Notícias recebeu na manhã desta segunda-feira (18), grupo de trabalhadores que foram demitidos da empresa em novembro de 2015 e até agora não receberam rescisão contratual.

Preocupados por não receber rescisão contratual, que por lei deve ser paga no máximo em dez dias após demissão, ex-funcionários da Selco Engenharia, procuraram Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Mato Grosso do Sul (Sintracom) em busca de solução. Os ex-funcionários, que preferem não se identificar com medo de retaliações, contam que além de não receber valor da rescisão, estão sem carteira de trabalho, que o documento está retido na empresa.

Conforme presidente do Sintracom, Abelha Neto, desde novembro o sindicato tem conversado com diretores da empresa na tentativa de buscar solução e garantir pagamento dos ex-funcionários. Segundo Abelha, a soma do valor rescisório dos 29 trabalhadores é de aproximadamente R$ 150 mil. "Desde novembro estamos conversando com empresa, eles alegam que não têm dinheiro para pagar ex-funcionários porque não receberam da Prefeitura, semana passada quando estive com prefeito até conversei com ele sobre o assunto para tentar resolver problema dos trabalhadores", diz Abelha.

Abelha também relata dificuldade dos trabalhadores de conversar com novos proprietários da Selco, que, em novembro de 2015, foi vendida para grupo paulista do setor da construção civil. "Agora para trabalhadores fica difícil falar com diretores da empresa, pois a Selco está sediada em edifício comercial e eles não têm acesso, por isso estamos tentando um acordo para garantir o pagamento e evitar que questão seja judicializada, pois isso pode fazer com que pagamento demore ainda mais a ser feito".

O presidente do Sintracom afirmou que espera nesta segunda-feira (18) resposta da empresa quanto à data de pagamento. "Caso hoje eles não nos respondam, vamos organizar manifestações e conversar com trabalhadores para definir próximas ações".

A equipe de reportagem entrou em contato, por telefone, com novo diretor da Selco, Amaury Corrêa, que não confirmou se pagamento será feito nesta segunda-feira (18), e informou que, por estar em reunião, não poderia falar a respeito do assunto neste momento.