Depois de receber muitas ligações no horário do almoço e saber que seu avião havia sido roubado durante arrastão nesta segunda-feira (6.set), em Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, o cantor Almir Sater se disse aliviado de ser apenas bens materiais. "Estou no Pantanal. Estava no campo trabalhando, cheguei na hora do almoço e tinha por volta de 300 ligações. Pensei que seria algo com a minha família. Aí ele me deu a notícia de que tinham roubado o avião. Dos males, foi o menor. Vi o motoqueiro chegar e fiquei assustado", disse o cantor.
"Bens materiais a gente trabalha, mas espero que seja recuperado. Mas se não, vão os anéis e ficam os dedos", analisou.
Há três anos, Almir usava o avião apenas para as demandas das fazendas que tem no Pantanal. O cantor disse que os períodos de mais uso eram os de cheia. "A aeronave atendia minha fazenda, não era para shows. Atendia nossa vida pantaneira. Não da para acompanhar as notícias, mas estou torcendo para que tenha sucesso", finalizou.
O MS Notícias mostrou mais cedo que grupo armado de 18 homens invadiu o hangar e além do avião de Sater, foram levados: Um do tipo bonanza v35b, matrícula PTING, de propriedade do pecuarista e ex-prefeito de Aquidauana José Henrique Trindade; Um do tipo Sky Lane, matrícula PTKDI, do pecuarista Zelito Alves Ribeiro e de seu sócio, Joel Jacques e a aeronave do tipo Sky Lane, matrícula PTDST, do cantor Almir Sater
Como não havia iluminação, os homens entraram pelos fundos e, de início, tentaram levar uma aeronave. Na sequência, eles renderam o vigia e o obrigaram a fazer o abastecimento, amarrando o homem em seguida e fugindo.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil de Aquidauana (MS) afirma ter localizado três suspeitos e o local usado pela organização criminosa.
De acordo com as informações da polícia, as investigações, que contaram com apoio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e a Delegacia Regional de Aquidauana (DRP), apontam que três sequestradores foram identificados, entre eles o autor intelectual do crime, quem teria dado suporte logístico na cidade e ainda uma mulher boliviana que teria participação no "arrastão".
A policia disse que já sabe o que os criminosos fizeram com as aeronaves.