Já dura cinco horas o bloqueio das rodovias federais em Mato Grosso do Sul. Os caminhoneiros interditaram sete trechos no Estado para protestar contra aumento do diesel e também contra o valor elevado da vistoria. Eles também reclamam da falta de fiscalização das leis trabalhistas, em especial da lei do descanso.
O bloqueio engloba sete pontos de rodovias. São elas: BR-163 em Dourados, Campo Grande e São Gabriel; BR-262 no Indubrasil e Três Lagoas; BR-060 em Sidrolândia; BR-267 em Maracaju e BR-463 em Ponta Porã.
Para o caminhoneiro Roberto Sinai, além do alto valor do diesel, que desde de janeiro subiu R$ 0,20 devido ao aumento de impostos federais, outras taxas como ICMS (Imposto Sobre Comercialização de Produtos e Serviços) e valor das vistorias prejudicam o trabalho dos caminhoneiros, tanto dos autônomos, como ele, quanto dos que prestam serviço para empresas de transporte e frete. “Todos temos prejuízos. Hoje, você paga em média R$ 300 para uma vistoria, é abusivo esse valor”.
Roberto também defende que haja mais fiscalização em relação ao cumprimento de leis trabalhistas, como a Lei do Descanso, que, segundo ele, não é respeitada pela maioria dos empregadores. “Muitos caminhoneiros trabalham direto mais de oito horas, e às vezes não conseguem lugares adequados para descansar. É comum você ver o caminhoneiro ter que pagar com dinheiro dele um quarto de hotel, quando ele consegue”, explica.
O bloqueio é pacífico e está sendo acompanhado pelos fiscais da CCR MSVia, concessionária que administra BR-163 e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Os caminhoneiros bloquearam apenas uma pista das rodovias e tem permitido a passagem de veículos de carga e de passeio.