De acordo com o The New York Times, algumas tendências gastronômicas devem ditar 2025 nos Estados Unidos. Com o poder da internet, é possível que também cheguem ao Brasil rapidamente.
Pesquisadores de mercado, sociólogos alimentares e estudos prognósticos apontam o comportamento pós-pandêmico e a Geração Z como os grandes influenciadores dos hábitos alimentares para os próximos meses.
As comidas do momento, segundo a publicação, são baseadas em ignorar tradições, quebrar regras, busca por bem-estar, velocidade e pequenos luxos que cabem no bolso.
Atenção para os molhos
Os norte-americanos adoram mergulhar seus snacks e refeições em diferentes tipos de molho. Os clássicos ranch, cheddar e salsa continuam reinando, mas as redes sociais – em especial o TikTok – abriram portas para outras receitas.
Entre os molhos virais, é impossível deixar de fora as versões apimentadas de maionese e ketchup, releituras do romesco, o grego tzatziki e o chinês hoisin.
Bebidas salgadas de café
Pode parecer estranho, mas as bebidas salgadas à base de café estão se tornando cada vez mais populares lá fora.
Existem receitas bem inusitadas, como o café com purê de sunchoke (um tipo de tubérculo) e abacate com aromatização de gengibre defumado, capim-limão e alecrim.
Para quem tem pressa
Refeições completas, baratas e prontas para serem consumidas são comuns em lojas de conveniência de países asiáticos, em especial o Japão. Esse tipo de comida é conhecida como konbini.
A ideia virou uma febre entre os norte-americanos graças à infinidade de vídeos sobre o tema nas redes. O sucesso é tão grande que a filial japonesa da norte-americana 7-Eleven exportará esses produtos para os Estados Unidos em breve.
Hospitalidade: a maior tendência
Hotéis e restaurantes estão utilizando diferentes recursos, como análise de dados e IA (Inteligência Artificial), para proporcionar uma experiência mais aconchegante e pessoal a seus clientes.
Quando falamos de hospitalidade, serviços como atendimento personalizado, ambientes confortáveis e cardápios baseados em custo-benefício são os principais elementos.
Numa visão de trabalho, estabelecimentos que se integram à comunidade e oferecem uma rotina equilibrada entre vida pessoal e profissional a seus funcionários estarão no topo.
Procura por alimentos proteicos
A busca pelo shape dos sonhos vem impulsionando o interesse por alimentos proteicos.
A consequência disso não é somente a reformulação dos ingredientes, mas também o destaque nas embalagens sobre a quantidade de proteínas que cada produto contém.
Produtos mais naturais e premium
O movimento wellness também intensificou a procura por produtos feitos com ingredientes naturais e condições especiais que os coloquem em categorias premium.
Vale de tudo: componentes orgânicos, qualidade do solo em que frutas e vegetais são cultivados e alimentos menos conhecidos pelo grande público.
Zebra striping
Zebra striping nada mais é do que alternar o consumo de bebidas alcoólicas com bebidas sem álcool.
Isso retarda ou minimiza a embriaguez, além de ser considerada uma prática mais saudável sem haver a necessidade de eliminar totalmente o álcool.
Dietas de tribos
Grupos que sofrem com diferentes condições de saúde devem seguir dietas especiais.
Atualmente, existem produtos específicos destinados a intolerantes à lactose, alérgicos a glúten, diabéticos, etc.
Embalagens artísticas
O delivery se tornou ainda mais importante durante e após a pandemia. Parte da experiência, portanto, são embalagens de qualidade. Propriedades térmicas e fechos eficientes são indispensáveis.
A estética também é essencial. Atualmente, é normal que restaurantes tenham embalagens personalizadas e elaboradas, ideais para fotos e vídeos de unboxing. Faz parte do marketing.
Geração Z no centro da mesa
A influência dos nascidos entre 1995 e 2010 sobre as tendências, o comportamento coletivo e o mercado é inegável. A presença da Geração Z nas redes sociais, atrelada ao fato de que agora esse grupo tem poder de compra, colocam essas pessoas na mira das estratégias de negócio.
Sem contar as trends gastronômicas citadas anteriormente, esse público tem um grande interesse por aquilo que é diferente e global, algo que não se come todos os dias ou que se encontra facilmente no mercadinho da esquina.
Isso pode incluir vários alimentos e bebidas, como a foccacia italiana, o hot pot chinês, o lámen coreano e o sanduíche de ovo japonês.
Também vale tudo aquilo que agrada os olhos, como doces excêntricos, frutas diferentonas (figo, por exemplo) e saladas coloridas. Tudo isso é saboroso e bomba nas redes, o que causa bom engajamento e sensação de pertencimento ao comer o mesmo que o seu TikToker gastronômico favorito.
São Paulo: diversidade gastronômica
A capital paulista tem mais de 156 mil bares e restaurantes de 55 tipos diferentes de culinária, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (AbraselSP).
Com números tão impressionantes, é seguro dizer que a cidade é o núcleo gastronômico do Brasil, local onde se criam tendências ou onde as novidades chegam primeiro.
A prova disso é um levantamento do Google e da revista Casa e Jardim, que mostra São Paulo como o lugar onde o termo “brunch” é mais procurado no país.
O híbrido de café da manhã e almoço é comum na América do Norte e na Europa, caracterizado como uma refeição apreciada no fim da manhã e começo da tarde.
Em São Paulo, os restaurantes costumam servir pratos típicos de fora, como ovos com bacon, panquecas ou waffles com xarope de bordo, muffins, avocado toast e até mesmo mimosas (drink de suco de laranja e champanhe).
A cultura gastronômica brasileira não pode ficar de fora, então é claro que o brunch nacional também conta com pão na chapa, pingado, pão de queijo, bolo de fubá, tapioca, suco de açaí, entre outras delícias.
Outros estabelecimentos vão além e oferecem churrasco, saladas, massas, comida japonesa, frutos do mar, pratos quentes, sobremesas variadas e carta de bebidas alcoólicas.
Considerando a variedade do menu, o brunch é visto como uma refeição significativamente saudável. Diante da grande seleção, cada pessoa escolhe o que vai comer com base em preferência e/ou propriedades nutritivas.