A primeira edição do Prêmio Campo Grande ao Teatro selecionou nove espetáculos nas categorias “adulto”, “infantil” e “de rua” para a segunda fase do projeto, que contará com apresentação e gravação das produções, do dia 17 a 22 de janeiro, no Teatro Glauce Rocha. Devido à pandemia do novo coronavírus, o evento não será aberto ao público e as peças serão exibidas posteriormente pela internet.
A premiação tem o apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e Prefeitura Municipal de Campo Grande (Fomteatro/Sectur/PMCG), com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Na categoria “adulto” foram selecionados os espetáculos “Eu me auto me apresento a mim mesmo a vocês”, de Luciano Risalde; “Cérebro Edgar”, do Grupo Teatral Falta Um e “O Diário de Madalena”, do Grupo Palco.
Na categoria “infantil” foram selecionados os espetáculos “A Fabulosa História do Guri-árvore”, da Cia Teatral Fulano Di Tal; “Co´ser- Teatro para Bebês”, da Urgente Cia e “O Sapo Encantado e Outras Histórias”, do Grupo Teatral Unicórnio;
Por fim, na categoria “espetáculo de rua” foram selecionados “Areotorare”, do Teatro Imaginário Maracangalha e “Espetáculo: Revolução”, do Teatral Grupo De Risco.
Inicialmente, as apresentações aconteceriam com a presença do público, mas devido às medidas de biossegurança, as produções serão gravadas e disponibilizadas gratuitamente no site da Sectur. Os artistas poderão utilizar a estrutura disponibilizada pelo Teatro Glauce Rocha e contarão com suporte de técnico de iluminação e técnico de áudio contratados pela organização do Festival para a montagem.
Os 3 melhores espetáculos teatrais nas categorias “adulto”, “infantil” e “espetáculo de Rua” serão premiados com o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e um troféu. Também serão entregues troféus nas categorias “melhor ator”, “atriz”, “texto original”, “cenografia”, “figurino”, “iluminação (criação)”, “Melhor operação de Iluminação”, “Melhor sonoplastia (criação)” e “direção”.
Além disso, um júri popular formado por acadêmicos, artistas e professores das áreas artísticas escolherão os três melhores espetáculos, que receberão um troféu.
HOMENAGENS
O júri para a escolha dos espetáculos é composto pelos grandes homenageados do prêmio, os artistas Bianca Machado (Corumbá), Emmanuel Marinho (Dourados) e Edilton Ramos (Campo Grande).
Em sua primeira edição, o Prêmio homenageia os artistas Emmanuel Marinho, Edilton Ramos e Bianca Machado. Ao longo dos anos, cada um deles desempenhou e desempenha um papel imprescindível para a construção da arte em Mato Grosso do Sul.
Emmanuel Marinho nasceu em Dourados, no interior do estado do Mato Grosso do Sul. Poeta, ator e educador brasileiro trouxe uma poesia fundamentada na simplicidade, que aborda temas universais, como o amor, terra, vida e desigualdade.
Já o ator e diretor Edilton Ramos traz na bagagem décadas de trabalho nos palcos sul-mato-grossenses. Iniciou na atuação, ainda na década de 1970 e precisou lutar contra a censura para ter voz.
Para completar o trio, a atriz Bianca Machado atua desde 1975 em Mato Grosso do Sul. É fundadora e diretora da Cia. de Teatro Maria Mole há 24 anos. Produtora de eventos está por trás do famoso Bloco dos Palhaços, de Corumbá. Atualmente é ativista cultural, conselheira do Município de Corumbá e coordenadora do Fórum de Cultura do MS.
De acordo com o idealizador do prêmio, o ator e diretor Espedito Di Montebranco, a proposta é reconhecer em vida os artistas que foram importantes para a construção da cultura sul-mato-grossense. “Além de mostrar a produção em Campo Grande, o prêmio também foi criado para possibilitar o reconhecimento a esses artistas. A cada ano nós vamos fazer o reconhecimento de três pessoas em vida e não em morte, com o objetivo de valorizar, unir e agregar a classe artística”, pontua Di Montebranco.