16 de setembro de 2024
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ECONOMIA

Arrecadação Federal atinge recorde histórico em julho

Recursos ajudam o Brasil a equilibrar contas públicas

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Em julho, o governo do presidente Lula (PT), registrou uma arrecadação recorde de R$ 231 bilhões, o maior valor já registrado para o mês desde o início da série histórica em 1995. Esse montante representa um aumento de 9,55% em termos reais em comparação com o mesmo mês do ano passado, conforme divulgado pela Receita Federal na quarta-feira (21).

A arrecadação das receitas administradas pelo governo somou R$ 214,8 bilhões, apresentando uma alta real de 9,85% em relação a julho de 2023. Já a arrecadação por outros órgãos alcançou R$ 16,25 bilhões, com um aumento de 5,71%.

No acumulado de 2024, a arrecadação federal totalizou R$ 1,55 trilhão, em valores ajustados pela inflação, o que representa um crescimento de 9,15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O aumento na arrecadação é positivo para o governo, que busca eliminar o deficit nas contas públicas em 2024. Até junho, o Tesouro Nacional havia registrado um deficit primário de R$ 260,7 bilhões nos últimos 12 meses. O relatório Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda estima um deficit primário de R$ 73,5 bilhões para este ano, com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado prevendo a necessidade de um "esforço fiscal adicional" de R$ 64,8 bilhões para alcançar o equilíbrio.

No final de julho, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou medidas de ajuste no orçamento, incluindo um congelamento de R$ 15 bilhões. Desses, R$ 11,2 bilhões foram destinados ao bloqueio de despesas discricionárias e R$ 3,8 bilhões foram contingenciados para atender ao limite da meta fiscal, que prevê um deficit de até R$ 28,8 bilhões.

O bloqueio é uma revisão mais rígida das despesas orçamentárias, enquanto o contingenciamento ocorre quando há frustração de receitas previstas, permitindo ajustes mais flexíveis. O governo havia estimado um deficit de R$ 32,6 bilhões para 2024 em julho.