07 de setembro de 2024
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DOENÇA DE NEWCASTLE

Após confirmar doença, Brasil suspende venda de aves para mais de 40 países

Foco está no Rio Grande do Sul, mas algumas restrições são válidas para todo o país

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Após confirmação de um foco da Doença de Newcastle, no município de Anta Gorda (RS), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), modificou preventivamente nesta 6ª.feira (19.jul.24) o Certificado Sanitário Internacional (CSI) que atende o acordo entre países parceiros na exportação de carnes de aves.

Com a decisão, a venda para 44 países será afetada.

Foto: Arquivo Secom/SCFoto: Arquivo Secom/SC

De acordo com o Mapa, a suspensão da certificação está sendo conduzida pelo Brasil. "As suspensões estão relacionadas a área ou região com impedimento de certificação, que varia desde a suspensão por pelo menos 21 dias para todo território nacional ou até mesmo a restrição circunscrita a um raio de 50 quilômetros (km) do foco identificado”, afirmou o órgão.

Por enquanto, a suspensão nas importações que seriam feitas a países como China, Argentina, Peru e México vale para produtores de todo o Brasil. Os produtos com restrições são as carnes de aves, carnes frescas de aves e seus derivados como ovos, carne para alimentação animal, matéria-prima de aves para fins opterápicos, preparados de carne e produtos não tratados derivados de sangue.

No Rio Grande do Sul, os produtores devem pausar as exportações para a África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, Chile, Cuba, Egito, Filipinas, Geórgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, União Europeia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

Foto: Reprodução/ Agro em diaEscreva a legenda aqui

Os produtores gaúchos devem se atentar à suspensão que engloba carne fresca, resfriada ou congelada de aves; ovos e ovoprodutos; carnes, produtos cárneos e miúdos de aves; farinha de aves, suínos e de ruminantes; cabeças e pés; gorduras de aves; embutidos cozidos, curados e salgados; produtos cárneos processados e termoprocessados; e matéria-prima e produtos para alimentação animal. 

No caso, dos produtores que estão a um raio de 50km do foco da Doença de Newcastle, as exportações de carnes de aves, farinha de aves, penas e peixes para uso na alimentação animal e produtos cárneos cozidos, termicamente processados, não comestíveis derivados de aves, estão suspensas para o Canadá, Coreia do Sul, Israel, Japão, Marrocos, Maurício, Namíbia, Paquistão, Tadjiquistão, Timor-Leste. 

Foto: Globo RuralFoto: Globo Rural

Os produtos que possuem certificados com data de produção até 8 de julho não entram nas restrições e podem ser emitidos normalmente.

O Mapa afirmou que “as regras de suspensão são revisadas diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países parceiros, nas quais são apresentadas todas as ações que estão sendo executadas para erradicar o foco” e ainda comunicou que os produtos submetidos a tratamento térmico como termoprocessados, cozidos e processados destinados a Argentina, África do Sul, Chile, União Europeia e Uruguai não têm qualquer limitação e poderão ser certificados normalmente.

Foto: Ari Dias/AENFoto: Ari Dias/AEN

3° maior exportador de carne de frango do Brasil, o Rio Grande do Sul fica atrás apenas do Paraná e de Santa Catarina. Só no primeiro semestre de 2024, o estado exportou 354 mil toneladas, com receita de US$ 630 milhões, o que representa 13,82% ddas 2,52 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil no mesmo período.

Os principais destinos da carne de frango gaúcha no primeiro semestre foram os Emirados Árabes Unidos, com 48.000 toneladas e receita de US$ 94 milhões, Arábia Saudita com 39.000 toneladas e receita de US$ 77 milhões, China com 32.000 toneladas e receita de US$ 52 milhões e Japão com 20.000 toneladas e receita de US$ 43 milhões.