O coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e promotor Marcos Alex Vera de Oliveira recebeu na manhã desta quinta-feira (14), documentos do Instituto de Criminalística, localizado dentro do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), relacionados à análise pericial feita nos 17 aparelhos de celular apreendidos dos vereadores durante a Operação Coffee Break.
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De acordo com o promotor, as informações que reúnem mais de 400 mil páginas serão comparadas aos depoimentos já colhidos durante as oitivas no Gaeco. ‘A quantidade de dados é significativa, nós temos uma linha de investigação e algumas datas específicas a serem analisadas, que seriam também próximas a data da cassação. O programa nos dá a oportunidade de pesquisar por palavras-chave e por data, (por exemplo, a palavra ‘cafezinho’), então vamos aproveitar essa ferramenta para concluir as investigações o quanto antes. Temos quatro peritos que farão a analise por investigado, cada um analisa dois investigados, concluindo analisa mais dois até todos serem concluídos. Com o volume de informações acredito que a gente não conclua até o mês de outubro, mas acredito que até o final de novembro os documentos sejam todos analisados’, disse Marcos Alex.
Veras também confirmou que ontem (13) chegou a análise da quebra de sigilo fiscal, elementos estes que contribuirão para a conclusão das investigações. “É uma quantidade de dados absurda, vai chegar também os dados da quebra do sigilo bancário, a quantidade de informação é bastante grande, mas já estamos preparados para analisar e entregar as investigações o mais rápido possível’, confia Veras.
Equipamento moderno
Os trabalhos duraram em torno de 30 dias, onde foi feita uma força-tarefa com peritos criminais no intuito de recuperar conversas apagadas, ligações e até conversas de mídias sociais. Um equipamento chamado (UFED) sigla traduzida do inglês para (Dispositivo Universal de Extração Forense), já utilizado no cenário internacional policial possibilitou a recuperação dessas mensagens que foram entregues ao Gaeco.
A Operação Coffee Break, é um ‘desmembramento’ de outras duas operações, a Adna e a Lama Asfáltica, investiga um suposto esquema de recebimento de dinheiro para votarem contra Bernal na Câmara Municipal, gerando assim sua cassação. No dia 13 de março, ele foi cassado do cargo com o voto de 23 dos 29 parlamentares.